"Esta escolha [mudança do nome do aeroporto] foi arriscada e por isso corajosa", disse Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia que altera a denominação comercial do aeroporto da Madeira para Cristiano Ronaldo.

Esta cerimónia contou com a presença de centenas de pessoas para "homenagear um concidadão admirado por milhões de portugueses" e de estrangeiros", indicou o chefe de Estado, entre as quais o ex-presidente do executivo madeirense Alberto João Jardim.

"É uma escolha excecional para uma personalidade excecional que temos a certeza que nunca nos desiludirá", declarou.

O Presidente da República baseou o seu discurso em três ideias essenciais: "como a autonomia regional se conjuga com autoridade nacional", "como a excelência alimenta o orgulho nacional", projetando o país no mundo e "como a coragem de uma escolha implica responsabilidade, mas suscita confiança".

Sobre a primeira ideia, afirmou: "a Região Autónoma da Madeira decidiu dar o nome de Cristiano Ronaldo a este aeroporto, fê-lo pela mão do presidente do Governo Regional, legitimado pelo voto dos madeirenses" e salientou que "o poder político nacional todo ele respeitou essa manifestação de autonomia regional", atendendo à articulação com o "Estado Nação".

O chefe de Estado destacou também que "a excelência alimenta o orgulho nacional", projetando Portugal no mundo, porque Cristiano Ronaldo é "um exemplo", visto que a título individual é o "melhor jogador de futebol do mundo" e a título coletivo é o capitão da seleção nacional que é a campeã da Europa.

"Essa excelência alimenta o orgulho nacional, o nosso orgulho e convida-nos a olhar para o que somos com outros olhos", disse, referindo que outros, noutros domínios, também são "os melhores dos melhores" no exterior.

Mas Marcelo Rebelo de Sousa vincou que Cristiano Ronaldo também "projeta a Madeira e todo o Portugal de longe como mais ninguém nos cinco cantos do universo".

Na opinião do Presidente da República, "celebrar esta evidência e afirmá-la para bem da internacionalização [de Portugal] e da plataforma entre culturas, civilizações, continentes e oceanos não só faz sentido como serve o interesse nacional".

Falando sobre a escolha do nome, sustentou que "muita gente prefere atribuir a obras desta envergadura o nome de personalidades que já não pertencem ao mundo dos vivos, cujo percurso inteiro pode ser avaliado com distância e menor peso das inclinações de cada momento".

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que neste caso a escolha foi feita "pelo caráter muitíssimo raro, para não dizer quase único" do internacional português, e sabendo dos "riscos" que a imprevisibilidade de situações futuras podem trazer.

Para Marcelo Rebelo de Sousa esta é uma homenagem merecida e "a gratidão devida, certamente a pensar em duas razões determinantes: a responsabilidade de Cristiano Ronaldo e a confiança ilimitada que a Madeira e todo o Portugal nele depositam".

O Presidente da República ainda considerou que futebolista é um exemplo para as crianças que "o admiram com gratidão e carinho sem limite, a começar naqueles miúdos que com bolas feitas de pouca coisa jogam nas vielas dos bairros mais pobres e todos eles sonham poderem vir a ser um dia Cristiano Ronaldo".

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