O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas deixou esta mensagem durante a cerimónia de encerramento do ano letivo no Instituto Universitário Militar, em Lisboa.
"A história tem produzido diversos exemplos de como um elevado potencial militar é capaz de garantir profusos benefícios económicos e diplomáticos. Em tempo de guerra, mas especial e fundamentalmente em tempo de paz. A influência e a credibilidade de uma forte capacidade militar fazem sentir-se mesmo sem o emprego da força", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Num discurso de dez minutos, o Presidente da República começou por sustentar que "a capacidade de defesa de uma nação é provavelmente o maior catalisador para o país" e que "a sua eficácia será maior do que qualquer outra entidade promotora da paz, qualquer que seja a sua índole".
Referindo-se em concreto ao "poder militar", Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "é a ele que a nação recorre, em última instância, como derradeiro pilar na defesa da sua identidade e dos seus valores".
"O desenvolvimento estratégico militar, quando permite uma perfeita integração das suas capacidades com crescimento económico e subtileza diplomática, é determinante para o sucesso de uma nação. É a paz, assegurada pela defesa e a segurança, que proporciona o crescimento e, mais do que isso, o pleno desenvolvimento dos povos e das nações", prosseguiu.
Neste contexto, o chefe de Estado argumentou que "a alegada contradição entre a aposta de meios na defesa e segurança e a libertação de recursos para a economia e a sociedade é, ao fim e ao cabo, ilusória".
Na segunda parte do seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre o Instituto Universitário Militar, reforçando a importância que atribui à "valorização do elemento humano", e disse que nesta instituição "apuram-se os líderes militares", considerando que o seu papel na sociedade "é e será cada vez mais relevante".
Antes, discursou o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, que afirmou que "a evolução permanente da formação e do ensino superior militar é também mais um sinal de que, tal como ontem, como hoje ou amanhã, se pode continuar a confiar nas Forças Armadas".
Em seguida, o general Pina Monteiro agradeceu a atuação do Presidente da República, completando: "Como aliás, o nosso Comandante Supremo tem sobejamente vindo a demonstrar, em diversificadas situações, por mais sensíveis que elas sejam, e muito tem contribuído para a manutenção do moral no seio das Forças Armadas".
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