“Isto é uma tarefa nacional, todos estamos interessados em que o ano letivo corra bem, é uma missão nacional, não é a missão de um governo, de um partido, de um sindicato, de um patronato, de responsáveis de escolas, de pais, de alunos ou de autoridades sanitárias, é uma missão de todos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita à Escola Básica de Gueifães, na Maia, distrito do Porto, acompanhado do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Assumindo que vai ser um ano letivo “difícil e muito especial", o Chefe de Estado frisou que, dentro das suas dificuldades, vai ter de correr “o melhor possível” porque, se assim não for, é o país, as crianças e jovens, os pais, os professores, os auxiliares e os autarcas que perdem o ano.

“E isso não é possível, não é concebível e não vai acontecer”, sublinhou.

Manifestando-se convicto de que o ano vai correr bem, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o desafio de Portugal é fazer com que corra bem porque, se assim não for, não há planos para o emprego, justiça social, economia e saúde que funcionem porque “está tudo ligado”.

“Nós vamos ganhar o ano”, afirmou o Presidente da República, acrescentando que todos aqueles que têm uma palavra a dizer, desde alunos, professores, dirigentes, tem de “remar no mesmo sentido transformando aquilo que é um pequeno problema num pequeno problema que se resolve e não num pequeno problema que se converte num grande problema”.

Pedindo um “esforço conjunto” e a colaboração de todos os portugueses para que o “desafio e missão nacional” seja alcançado, o Chefe de Estado vincou que se houver “atenção, comunicação, diálogo e rapidez de respostas” os problemas resolvem-se e não crescem.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que quando se chegar ao Natal se olhe para trás e se possa dizer: “o que parecia muito complicado é agora menos, apesar de ainda continuar a levantar algumas questões, mas ultrapassamos o tempo mais difícil”.

Os primeiros dias de aulas vão ser para muitos jovens, professores, pais e encarregados de educação de expectativa, dúvida e ansiedade, mas 15 dias e um mês depois tudo será diferente, considerou.

O Presidente da República assumiu ter a certeza que “aos poucos e em conjunto” será possível ultrapassar as dúvidas e converte-las em confiança e esperança.

Ao longo da visita, que durou cerca de uma hora, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a ser professor, embora por breves instantes, e fez questão de ir questionando os alunos sobre as regras a adotar para fazer face à pandemia da covid-19.

O início do ano letivo começou na segunda-feira e estende-se até quinta-feira, num contexto de pandemia da covid-19 que obrigou as escolas a implementar um conjunto de regras de segurança, definidas pelo Ministério da Educação e pela Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.