Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, onde chegou hoje para uma visita de Estado de quatro dias a Angola, que começa oficialmente na quarta-feira, dia em que terá um encontro com o Presidente angolano, João Lourenço.

Interrogado sobre o ponto da situação da certificação e pagamento das dívidas de Angola às empresas portuguesas, o chefe de Estado respondeu: "Vão ver amanhã [quarta-feira] e nos próximos dias como se continua a trabalhar no sentido de ir o mais longe possível, é um processo que não para".

Referindo-se aos embaixadores nos dois países, ali presentes, afirmou: "Eles sabem e eu sei, porque ia recebendo notícias dia a dia, em catadupas, não imaginam, em catadupas - não havia capacidade de leitura que conseguisse abarcar tanta realidade - do esforço que ia sendo feito a todos os níveis, departamentos ministeriais, governos províncias, entidades autónomas, instituições públicas que não o Estado clássico".

"Portanto, está-se a trabalhar a todo o vapor, e vai continuar a trabalhar-se nisso", acrescentou o Presidente português.

Interrogado sobre as expectativas que tem para esta visita de Estado, que o levará também às províncias de Benguela e da Huíla, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que espera que na quarta-feira se possa "ir mais longe em matéria de acordos, de protocolos, de convenções, do que aquilo que já se fez" durante as visitas do primeiro-ministro português a Angola, em setembro, e do Presidente angolano a Portugal, em novembro, "e em mais domínios".

A sua ambição é deixar Angola "com a sensação, não apenas de que é um processo imparável, mas que é um processo imparável que vai ganhando velocidade e que, portanto, estará mais rápido, mais célere, mais eficaz".

O chefe de Estado português considerou que "a visita de Estado do Presidente João Lourenço fez história" e disse que irá "tentar corresponder, na medida do possível, a essa visita".