“Eu não tenho nada a dizer sobre o próximo Presidente da República”, começou por dizer, depois de questionado pelos jornalistas à margem da Festa do Livro, que arrancou hoje nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou que “como todos” os seus antecessores fizeram, “o Presidente da República “não pode nem deve falar de candidaturas, candidaturas a candidaturas, de eleições presidenciais”.

“Isso é uma matéria que não faz sentido. Nem o Presidente Eanes, nem o Presidente Soares, nem o Presidente Sampaio, nem o Presidente Cavaco tomaram posição sobre essas matérias, e bem, é uma boa linha que eu vou seguir”, indicou.

O Presidente da República afirmou também que, quando cessar as suas funções, tencionar não se “pronunciar sobre a política portuguesa, subsequentemente”.

Perante a insistência dos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que “todos os cidadãos portugueses originários, com mais de 35 anos, têm esse direito” de se candidatar às eleições presidenciais.

“Eu não sei quantos serão, mais são muitos, muitos, muitos”, completou.

No domingo, o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes admitiu uma candidatura presidencial “se houver utilidade para o país”.

Nesta ocasião, o Presidente da República foi questionado também sobre a convocação de uma greve de uma semana em setembro por parte do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop).

Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer que o direito à greve "é um direito dos trabalhadores e dos sindicatos".

"Aquilo que todos nós desejamos é que o novo ano letivo possa corresponder àquilo que são as expectativas dos alunos, pais, professores, agentes de educação, da sociedade portuguesa, depois dos dois de pandemia, depois de um que foi parcialmente, uma parte apenas, também mais intermitente, se quiser, ou com desigualdades na gestão do tempo escolar entre escolas, que isso não aconteça no próximo ano letivo".