Marcelo Rebelo de Sousa chegou 20 minutos antes da hora a esta escola secundária na Amadora, no distrito de Lisboa, surpreendendo todos e antecipando-se ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que o acompanhou nesta visita.

Já com o ministro da Educação ao seu lado, assistiu no pátio da escola a um momento de música cigana, com vários alunos a tocarem um instrumento de percussão chamado ‘cajón’, feito de madeira, em forma de caixa, que o chefe de Estado acompanhou com palmas.

Depois, a pedido, um deles, Ademar, mostrou os seus dotes de cantor: “Ai porque eu era fã dos teus olhos, fã dos teus sorrisos, fã dos teus cabelos”.

Abraçado por alunos, o Presidente da República seguiu até ao interior da escola, que faz parte de um agrupamento com 18% de alunos de etnia cigana e cerca de 20 nacionalidades diferentes, que anualmente entre abril e maio celebra um “Mês intercultural” e um “Dia da interculturalidade”.

Yash, que nasceu na Índia, falou-lhe da importância destas celebrações: “Muitas pessoas julgam as outras pessoas sem conhecer. Então este dia serve para nos conhecermos melhor uns aos outros e a cultura uns dos outros, o vestuário, as tradições, a dança”.

Questionado sobre esta iniciativa, à qual foi convidado a juntar-se, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Eu acho que é fundamental. Devia ser todos os dias”.

Durante esta visita, o chefe de Estado entrou em várias aulas e regressou por instantes ao papel de professor, em matérias como gramática, comércio e geografia.

O Presidente da República ficou também a conhecer os projetos “O comboio”, de acompanhamento de alunos desde a porta de casa até à escola, e “A escola vai ao bairro e o bairro vai à escola”, dirigido às famílias de Casal do Silva e Quinta da Lage.

No fim, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a “riqueza espetacular” da Escola Secundária Mães d’Água, “mérito da direção, dos professores, dos mediadores, de todos os que têm um papel a desempenhar, e sobretudo das alunas e dos alunos”.

O chefe de Estado referiu que tinha estado nesta escola há 20 anos e “já era uma escola de excelência”, mas considerou que agora ”é mais diversa, é mais inclusiva, é melhor, é mais avançada”.

“Tem projetos completamente diferentes, é mais virada para o futuro. É o retrato não apenas do diálogo entre 23 nacionalidades, mas inúmeras culturas, experiências, maneiras de ver a vida e de a viver”, acrescentou, concluindo: “É emocionante vir aqui, porque é ver o que há de melhor no nosso sistema educativo e o que há de melhor de preparação do futuro”.

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