Acompanhado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Nunes da Fonseca, e pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, Marcelo Rebelo de Sousa visitou esta tarde a exposição das Forças Armadas no Cais da Régua, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Depois de ter visitado tendas dos três ramos militares, visto ‘drones’ de fabrico português, experimentado óculos de inteligência artificial que simulavam uma queda de paraquedas e trocado beijos e ‘selfies’ com populares, o também comandante supremo das Forças Armadas disse estar “verdadeiramente surpreendido e encantado” com o que viu.
“Todos os anos temos esta experiência e de ano para ano há novidades. De ano para ano, do ponto de vista de avanços científicos e tecnológicos, vai-se mais longe”, salientou.
O Presidente da República considerou que a “capacidade de cada ramo das Forças Armadas produzir aquilo que é fundamental para cumprir as suas missões – não é comprar, também compra nalguns casos, mas produzir – é espantoso”.
Marcelo destacou em particular os avanços no domínio dos ‘drones’ ou do apoio aos incêndios, com “meios cada vez mais sofisticados de prevenção, de conhecimento de situação no território, de informação”.
Nestas declarações aos jornalistas, o Presidente da República foi questionado várias vezes sobre os assobios que se ouviram esta manhã quando o ministro das Infraestruturas, João Galamba, chegou à cerimónia militar do 10 de Junho, mas recusou-se a comentar.
“Eu estou de tal maneira entusiasmado com aquilo que vi nas Forças Armadas, e acho isso tão importante para o Dia de Portugal – até pelas forças que temos destacadas aí pelo mundo – que, com perspetiva histórica, há que distinguir o que é fundamental e é estrutural, daquilo que é conjuntural e instantâneo”, defendeu.
O chefe de Estado considerou que a questão das Forças Armadas é uma “realidade estrutural”: “O instantâneo é instantâneo e, a seguir a um instante, há outros instantes”, acrescentou.
Interrogado a quem é que se referia quando, no discurso desta manhã, falou em “ramos mortos”, Marcelo respondeu: “Nas Forças Armadas, não há ramos mortos, só há ramos vivos”.
Antes, à chegada à exposição, o chefe de Estado sublinhou que a exposição das Forças Armadas tem sido “visitada por centenas, senão milhares, de gentes da Régua, do Douro e de fora do Douro”, e é “sempre um grande sucesso”.
Para o Presidente da República, este tipo de exposições “aproxima muitíssimo o povo das Forças Armadas, as Forças Armadas dos portugueses”.
“Não é por acaso que inquéritos de opinião mostram que as Forças Armadas são das instituições mais respeitadas pelos portugueses. Isso é tão importante no dia de hoje, que é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, mas também é o dia das Forças Armadas”, disse.
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