Depois de ouvir Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu os restantes partidos.
Chega
A delegação do Chega foi composta por André Ventura e os deputados Pedro Pinto e Rui Paulo Sousa.
"O Chega não tinha outra opção no contexto em que estávamos e para o qual o Governo nos atirou de criar artificialmente uma crise política", disse Ventura aos jornalistas.
Referiu ainda que o Chega não se opôs a qualquer data em cima da mesa - 11 ou 18 de maio - estando o Presidente "mais tendente para o dia 11" de maio.
André Ventura disse também aos jornalistas que deixou “claro” que o Chega não tinha outra opção, dada a “crise criada artificialmente e da total iniciativa do Governo”, que não a de rejeitar a “chantagem e condicionamento do Governo”.
“Não poderíamos aceitá-las nem sobre Luís Montenegro, nem Miguel Albuquerque, nem António Costa. Mantivemos a posição de princípio”, disse o presidente do Chega.
Iniciativa Liberal
O líder da Iniciativa Liberal também falou após a audiência com o Presidente da República.
Rui Rocha sublinhou que transmitiu a Marcelo que "devemos ir a eleições tão depressa quanto possível" e isso "aponta, na perspectiva da IL, para eleições em 11 de maio".
Rui Rocha sublinhou que levou três ideias à reunião: depois do “dia da irresponsabilidade”, defendeu que todos os agentes políticos têm de “regenerar a cultura partidária" e de trazer uma ideia de serviço aos portugueses e não de “taticismo, politiquice e golpes palacianos”.
Em segundo lugar, a IL referiu que fará uma campanha ambiciosa, com medidas para fazer crescer Portugal. E a terceira ideia é que devemos ir a eleições “tão depressa quanto possível”, a 11 de maio.“Fiquei com a ideia de que é uma muito data provável. Parece-me que existe a ideia de que quanto mais depressa o país sair deste impasse, melhor”.
Rui Rocha disse ainda que a conversa com Marcelo incluiu “preocupação com o futuro do país” e as “condições de governabilidade”.
Bloco de Esquerda
A delegação do Bloco de Esquerda também se reuniu com Marcelo Rebelo de Sousa.
Mariana Mortágua começou por recapitular toda a crise. “Um primeiro-ministro não pode receber avenças”, atacou.
“Sem surpresas, o país vai a eleições depois da decisão de apresentar uma moção de confiança e fazer uma corrida pela sobrevivência”.
Mortágua sublinhou ainda que disse ao Presidente da República que a data mais razoável seria 18 de maio, para que cada partido possa cumprir as suas obrigações legais e administrativas. "Pode ser difícil sobretudo para os partidos mais pequenos, para validarem as suas listas", destacou.
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