“Orgulho temos por vós hoje espalhados em missões, cá dentro e lá fora”, tendo atuado nas últimas semanas, “com bravura e competência na República Centro-Africana”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, os militares portugueses têm direito “a que a Pátria se lembre sem cessar” de que a sua “entrega total não tem preço, não se mede pelas tábuas frias que avaliam o serviço público com horas certas e sem risco de vida”.
O Comandante Supremo das Forças Armadas discursava nas cerimónias de comemoração do Dia do Combatente, do centenário da Batalha de La Lys e 82.ª romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido, no Mosteiro da Batalha, distrito de Leiria, onde entre outras entidades se encontrava o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello.
Recordando os soldados mortos na Batalha de La Lys e nas ex-colónias, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “de coragem se fez há cem anos, como ao longo” do percurso nacional, a missão dos militares nacionais.
“Humanos, claro, com êxitos e insucessos de toda a empresa humana, mas acertando muito mais do que errando, acreditando muito mais do que descrendo, persistindo muito mais do que desistindo, vencendo muito mais do que perdendo”, declarou, para acrescentar: “Fomos assim, somos assim, seremos sempre assim, essa é a essência da vossa coragem, da nossa coragem como Pátria”.
O Presidente da República salientou ainda que o país viu “muitos poderes no mundo a crescerem e a definharem”.
“Já testemunhámos muitas glórias tidas por eternas a desvanecerem-se, vemos todos os dias aqueles que ainda não existiam com pátrias independentes já nós éramos uma pátria forte há muitos séculos, já dividimos mesmo o mundo ao meio, e percebemos o que era efémero nessa ilusão e o que seria duradouro nessa presença”, acrescentou, para sublinhar, de novo, o papel das Forças Armadas.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal “sem essas Forças Armadas” nunca teria sido o que é.
“Somos como somos enquanto Pátria, mas só o somos porque os temos a vós, porque temos Forças Armadas que são no seu espírito e na sua missão todo um povo em armas”, disse.
Marcelo Rebelo de Sousa descerrou depois uma placa evocativa do Centenário da Grande Guerra e depositou flores no Túmulo do Soldado Desconhecido.
Desde 09 de abril de 1921 a Sala do Capítulo, no Mosteiro da Batalha, alberga o Túmulo do Soldado Desconhecido onde estão os corpos de dois soldados, um morto na Flandres e outro na ex-colónia portuguesa Moçambique.
A Batalha de La Lys, em França, decorreu no dia 09 de abril de 1918 e resultou de um intenso ataque alemão contra as forças aliadas, nas quais os portugueses estavam integrados.
O confronto na Batalha de La Lys fez mais de 7.000 baixas portuguesas entre mortos (400), feridos e 6.600 prisioneiros, sendo um dos mais mortíferos da história militar de Portugal.
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