“O Portugal de Abril ficou para sempre diferente do Portugal que o antecedeu, não há reversão possivel, não há reversão quando se conhece a liberdade, e se usa a liberdade. Não há reversão quando se tem a liberdade de exprimir o pensamento. Ninguém quer uma mordaça em relação a liberdades adquiridas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

No Centro de Congressos do Estoril, na evocação dos 50 anos da reunião de Cascais, o chefe de Estado afirmou que “podem existir altos e baixos e aparentes agressões parciais em liberdades económicas ou sociais, por causa do que se passa lá for ou do que se passa cá dentro, mas o ideal de Abril nunca morre”.

“Não há ninguem que ouse dizer que se deve ser mais desigual do que igual, mesmo quando aquilo que propõe fomenta objetivamente mais desigualdade do que igualdade, ou porque tem que ser, ou porque faz parte da maneira de pensar”, considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu ainda a “generosidade da democracia”, referindo que “nela cabem os antiliberais, os antidemocratas e os anti-igualitários, para não correr o risco de passar a ser uma ditadura”.