Durante uma visita a uma feira de solidariedade, no Centro de Congressos de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pela comunicação social sobre os cinco meses que passaram desde este acidente, que provocou a morte de um trabalhador que realizava trabalhos de limpeza na berma da autoestrada.
Na resposta, o chefe de Estado considerou que o problema não é este caso "estar cinco meses em segredo de justiça", mas sim que "as investigações judiciais, muitas vezes, porque são muito longas, deixam nos portugueses a sensação de que a justiça é lenta, e que é pesada e é complexa", ressalvando que "isso é genérico".
"Tem-se falado disso, precisamente das reformas da justiça, de que se fala tanto. Um dos objetivos fundamentais há de ser esse, que é encurtar prazos, acelerar investigações, na medida em que seja possível, para não haver a ideia de que a justiça é tão lenta, tão lenta, tão lenta, ou tem de ser tão lenta, tão lenta, tão lenta, que aparece aos olhos dos portugueses como lenta de mais", defendeu.
Interrogado sobre um possível chumbo do Orçamento para 2022 apresentado pelo Governo Regional dos Açores e uma eventual crise política nesta região autónoma, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "quem acompanha essa matéria é o representante da República", Pedro Catarino.
"O senhor representante vai acompanhando, ele é que tem competência para a intervenção, mas vai-me informado daquilo que vai sucedendo, e vamos ver o que é que vai acontecer", acrescentou.
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