Na sessão de abertura da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude 2019 e do Fórum da Juventude “Lisboa+21″, que regressa a Lisboa 21 anos depois de Portugal ter organizado a primeira edição do evento, Marcelo Rebelo de Sousa elencou aqueles que para si são os seis principais desafios da juventude de hoje, sendo um deles o facto de os sistemas políticos estarem fechados à participação dos jovens.
“Não há dúvida de que os jovens participam muito online, através dos novos meios de comunicação, através da internet, mas não participam tanto offline, ou seja, pelos meios de participação clássica”, explicou depois, em declarações aos jornalistas.
Na perspetiva do chefe de Estado, “há aqui um problema que é universal” e, por isso, “é bom que seja debatido”.
“Os responsáveis políticos têm de pensar o que é que está errado na forma de funcionamento dos partidos, na forma de funcionamento dos parceiros económicos e sociais, na forma de funcionamento dos sistemas, para os jovens não perceberem, não se sentirem motivados, não se sentirem empenhados, não terem um sentimento de pertença”, apelou.
A ideia do “eles e nós”, advertiu Marcelo, “é o contrário da democracia”, porque em democracia todos são políticos e têm de ser políticos.
O chefe de Estado começou os cumprimentos do discurso em inglês, mas como “um Presidente português é suposto falar em português”, fez quase toda a restante intervenção em língua portuguesa.
“Quais são os desafios da juventude de hoje, aqueles que eu sinto nos meus alunos, nos meus filhos, nos meus netos? Primeiro, as desigualdades não desapareceram”, começou por referir.
As alterações climáticas, a revolução digital, a demografia e o facto de o mundo, que devia andar para a frente e andou para trás quanto ao multilateralismo, são os restantes desafios apontados pelo Presidente da República.
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