Marcelo Rebelo de Sousa falava na iniciativa "cientistas no palácio", após uma aula do físico Carlos Fiolhais sobre a evolução do conhecimento, perante alunos do Colégio Vasco da Gama (Sintra) e da Escola Secundária João de Deus (Faro).

O chefe de Estado referiu-se ainda à saída do Reino Unido da União Europeia ('Brexit'), sublinhando o financiamento significativo de instituições de ensino superior britânicas por parte das instituições continentais.

"Das muitas coisas que aprendemos, retive algumas: somos muito bons em termos de ciência também e somos por todo o mundo e reconhecidos, não temos de ter menos amor próprio ou autoestima; a segunda, é fundamental a liberdade de pensar, sempre que houve perseguição, fomos prejudicados por isso. Ouviram estórias e estórias de perseguições que custaram atrasos à ciência em Portugal e a liberdade, pelo contrário, trouxe avanços", afirmou.

Rebelo de Sousa disse que "hoje é um dia importante porque, no parlamento britânico, está a ser votado um acordo para o Reino Unido continuar muito próximo da Europa continental, uma vez que decidiu sair da União Europeia".

"As melhores universidades britânicas eram muito bem financiadas pela União Europeia, que era das grandes entidades, das mais importantes, em termos de financiamento da universidade de Oxford, de Cambridge, dos três colégios de Londres. Porque a ligação científica, que vai continuar sempre, era fundamental, porventura mais importante do que o mero relacionamento económico e financeiro ou até mesmo os laços políticos", disse ainda o Presidente da República, que não esteve disponível para questões dos jornalistas.