"Escolheram a reforçada aproximação às pessoas, escolheram mudar de hemisfério de governo, não dando maioria ao partido que a possuía, nem maioria com outros partidos do mesmo hemisfério", disse, referindo depois que Montenegro terá de conquistar "muitos mais portugueses", devido à curta vitória.
O Presidente falou ainda dos votos que o Chega recebeu, tornando-o claramente a terceira força partidária nacional, salientando, ainda assim, que todos os portugueses preferiram escolher "dar ao vitória ao setor moderado e não ao setor radical do outro hemisfério”.
Neste discurso, Marcelo Rebelo de Sousa não se coibiu de deixar alguns avisos a este novo Governo, relembrando que não há uma maioria absoluta, pelo que o "diálogo tem de ser muito mais exigente" do que foi até aqui, acreditando, contudo, que esta não será uma missão impossível. "Não creio".
“Importa saber com o que conta o Governo e o que deve alcançar. Conta com o apoio solidário e cooperante do Presidente da República, que aliás nunca o regateou ao seu antecessor. Mas não conta com o apoio maioritário na Assembleia da República e tem de o construir com convergências mais prováveis em questões de regime”, disse, considerando ainda assim que “a vitória eleitoral foi difícil, talvez das mais estreitas em eleições parlamentares. Imagino que também por isso a mais gratificante”.
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