No encerramento do seminário "A Segurança, a Defesa Nacional e as Forças Armadas", na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que, em 2024, "na Aliança Atlântica, ficará clara uma subida de recursos a ela afetos em geral, em valor absoluto e em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB)", sem avançar detalhes.
À saída, em resposta aos jornalistas, o chefe de Estado adiantou que "o senhor primeiro-ministro [António Costa] apresentará o plano concreto na cimeira da NATO" da próxima semana, em Bruxelas.
Na sua intervenção neste seminário, após fazer referência ao reforço do contributo para a NATO, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "Não só continuaremos a demonstrar a qualidade por todos reconhecida em missões internacionais na Aliança Atlântica, na União Europeia e nas Nações Unidas, como renovaremos e adicionaremos capacidades para podermos adensar contribuições".
"Ou seja, iremos mais longe em investimento", concluiu.
O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas reforçou esta sua mensagem, mais à frente na sua intervenção, antes de mudar de tema, declarando: "E, por via da menção ao investimento acrescido nas nossas Forças Armadas que nos espera nos próximos anos, chegamos à quarta e última reflexão".
No seu entender, esta é "uma oportunidade muito importante" para Portugal no plano militar: "Para concretizarmos projetos há muito pensados ou aproveitarmos ocasiões possíveis, como as resultantes de novas infraestruturas, ou mesmo revisitarmos no presente contexto mais-valias estratégicas como as atlânticas, quer pensando em realidades já existentes, como as Lajes, quer pensando na plausível ampliação da plataforma continental".
"E, com isso tudo, juntarmos muitas e boas razões para o desiderato de prestigiar as nossas Forças Armadas", considerou.
À saída, questionado pelos jornalistas, o Presidente da República esclareceu que estava a referir-se a "vários investimentos em várias capacidades nos três ramos das Forças Armadas", a realizar, "obviamente, até 2024, investimentos quer na Marinha, quer no Exército, quer na Força Aérea".
Interrogado se estava a falar no quadro do reforço da contribuição de Portugal para a NATO, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "É isso mesmo. Tem a ver com isso, exatamente. As capacidades significam, portanto, investimentos em realidades concretas, quer dizer, quer em termos de aquisições, quer em termos de renovações, manutenção, introdução de novos tipos de meios de intervenção que permitam contribuições".
"Contribuições significam novas missões no plano internacional, tal como no plano interno", completou.
Comentários