O Presidente da República falava aos jornais no final de uma visita à Academia Johnson, em Alfragide, Amadora (distrito de Lisboa), onde fez questão de expressar “muita admiração” pela “maneira como [Laura Ferreira] enfrentou aquilo que teve de viver” e mostrou-se também solidário com Pedro Passos Coelho, “pelos anos longos e difíceis que acabaram por testar e revelar uma doação familiar nalguns casos praticamente exclusiva”.

Depois de ter apresentado as condolências ao ex-primeiro-ministro, através de uma nota divulgada no ‘site’ da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas sobre Laura Ferreira, que morreu em Lisboa, durante a noite, vítima de doença prolongada.

“Duas palavras, a primeira de evocação da senhora dona Laura Passos Coelho que na sua vida foi muito dedicada à comunidade, nomeadamente como profissional numa IPSS, numa instituição de solidariedade social, e depois quando, apesar da sua doença, acompanhou o marido em várias circunstâncias, e durante um tempo considerável, num outro tipo de presença e serviço à comunidade”, salientou.

Sobre o ex-primeiro-ministro, o chefe de Estado apontou que “teve anos longos de dedicação familiar muito intensa”.

“Numa primeira fase ao mesmo tempo que exercia as funções de primeiro-ministro, que era uma dupla responsabilidade, a responsabilidade nacional e a responsabilidade familiar, para além daquela que existe no quadro da família, e depois, por assim dizer, devotou estes últimos anos, de forma muito intensa, ao acompanhamento do estado de saúde da sua mulher”, acrescentou.

A mulher do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, Laura Ferreira, morreu hoje vítima de doença prolongada, confirmou à agência Lusa fonte oficial do PSD.

“É verdade, foi durante a noite”, indicou a mesma fonte.

Laura Ferreira, de 54 anos, estava internada no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, onde morreu.