"Um exemplo a seguir pelos crentes e um orgulho para todos os portugueses. É nesse sentido que o Presidente da República se congratula com a próxima canonização do Beato Frei Bartolomeu dos Mártires", lê-se numa nota publicada na página da Presidência da República na internet.

A decisão do papa Francisco, hoje anunciada, "sublinha também a relevância para a Igreja Católica deste Arcebispo de Braga que contribuiu, no Concílio de Trento, para a evolução da própria Igreja", segundo a mesma nota, na qual se lê que o Presidente da República conta estar presente na cerimónia da canonização que se realiza em Braga no dia 10 de novembro.

O Vaticano anunciou hoje que o papa Francisco decidiu canonizar o frade e beato português Bartolomeu dos Mártires.

A Santa Sé anunciou que a decisão foi aprovada na sexta-feira pelo papa, durante uma audiência concedida ao Prefeito para a Congregação dos Santos, cardeal Angelo Becciu.

Bartolomeu dos Mártires foi declarado venerável em 23 de março de 1845, pelo papa Gregório XVI, e beato, em 04 de Novembro de 2001, pelo papa João Paulo II.

Bartolomeu dos Mártires (nascido Bartolomeu Fernandes) nasceu em Lisboa em 03 de maio de 1514 e faleceu em Viana do Castelo em 16 de julho de 1590.

Foi arcebispo de Braga entre 1559 e 1582, tendo tido uma participação importante no Concílio de Trento, como um elemento destacado da ala renovadora da Igreja de então.

Na sua página, a Arquidiocese de Braga revela que a cerimónia da canonização decorrerá em 10 de novembro.

O bispo diocesano de Viana do Castelo, Anacleto Oliveira, congratulou-se com o anúncio, destacando que vai celebrar em 18 de julho uma missa em honra de Frei Bartolomeu dos Mártires.

Também o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo se congratulou, salientando o amor que o novo santo da Igreja teve por esta cidade.

“Foi com grande alegria e emoção que tomei conhecimento da declaração de Sua Santidade o Papa Francisco em declarar Santo D. Frei Bartolomeu dos Mártires. Hoje é um grande dia para a Igreja, para a Igreja portuguesa e em particular para a Diocese de Viana do Castelo”, considerou José Maria Costa, numa mensagem enviada à Lusa.