Sublinhando que Berlim é “uma cidade aberta e tolerante”, que inclusive lhe granjeou o rótulo de “capital do arco-íris”, símbolo utilizado pela comunidade lésbica, gay, bissexual, transgénero e intersexual (LGBTI+), o autarca Michael Müller alertou que, também ali, “a homofobia é um problema” e que persistem casos de discriminação.

Reconhecendo que “noutras partes do mundo e também nalguns lugares da Europa”, a situação da comunidade LGBTI+ é mais difícil do que na Alemanha, o governante apelou: “Temos de pensar em todos os que, pela sua luta contra a discriminação, foram perseguidos ou presos”.

O vereador da Cultura de Berlim, Klaus Lederer, foi mais explícito e apontou o dedo diretamente à Hungria e Polónia, países-membros da União Europeia.

Em vez do milhão de pessoas que costuma juntar, a Marcha do Orgulho deste ano viu o número de participantes reduzido. Ainda assim, os 65 mil que participaram na parada (os organizadores falam em 80 mil) fizeram deste o maior ajuntamento de pessoas desde a pandemia (que cancelou a edição do ano passado).

O porta-voz da polícia local, Martin Dams, disse inicialmente à agência Associated Press que se esperava a presença de 35 mil pessoas, mas o número foi depois revisto.

O desfile contou com apenas cinco camiões de caixa aberta, que mantiveram a distância, para evitar aglomerações.

Em geral, as regras foram respeitadas, havendo registo de alguns incidentes com pessoas que não estavam a usar máscara e de um momento em que a polícia chegou a ameaçar acabar com o desfile.

Como habitualmente, o desfile terminou no bairro de Schöneberg, mas desta vez sem as grandes festas de encerramento.

A embaixada os Estados Unidos, por onde o desfile passou, içou a bandeira arco-íris, em solidariedade com a Marcha do Orgulho.

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