A cantora revelou que foi diagnosticada em 2001.

"Não acreditei, não queria acreditar, não queria carregar o estigma de uma doença crónica que me definiria e, possivelmente, acabaria com minha carreira", disse a cantora de 48 anos, que após os "anos mais duros" decidiu contar sua história. A entrevista foi publicada pela revista People.

"Estou bem agora e confortável para falar sobre a minha luta contra a doença bipolar".

"Os meus episódios depressivos caracterizavam-se por pouca energia. Sentia-me cansada, só, triste e até culpada por não estar a fazer o que era necessário para minha carreira", revelou Carey, uma das cantoras de maior sucesso de todos os tempos.

"Vivia em negação e isolada, e com muito medo de que alguém revelasse a minha situação. Era um peso muito grande que carregava e já não aguentava mais. Procurei e recebi tratamento, cerquei-me de gente positiva e estou de volta e a fazer o que mais amo, escrever canções e fazer música".

A doença bipolar é tradicionalmente designada Doença Maníaco-Depressiva, e "é uma doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e 'mania'. Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves", pode ler-se no site da associação portuguesa de apoio aos doentes depressivos e bipolares.

Apesar de não existir cura para a doença, é possível controlar a mesma através de medicamentos estabilizadores do humor, "cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de 'mania'". A par, aconselha-se o apoio psicológico individual e familiar.