A ministra da Presidência, segunda da hierarquia do Governo e membro do Secretariado Nacional do PS, vai ter como principal opositor o presidente do PSD num distrito que elege 48 deputados à Assembleia da República e que foi ganho pelo PS em 2022, com 21 mandatos.

O PSD, que nas eleições de 10 de março concorre coligado com o CDS-PP e o PPM na Aliança Democrática, conseguiu em 2022 a eleição de 13 parlamentares por Lisboa, enquanto centristas e monárquicos não elegeram qualquer deputado.

Esta será a primeira vez que Luís Montenegro, agora presidente do PSD e antigo líder parlamentar do partido, será cabeça de lista por Lisboa, já que entre a IX e a XIII legislatura foi sempre eleito por Aveiro, de onde é natural.

Mariana Vieira da Silva ocupa o primeiro lugar da lista socialista em Lisboa, que nas eleições legislativas de 2015, 2019 e 2022 pertenceu ao ainda primeiro-ministro e então secretário-geral socialista, António Costa.

Nas eleições legislativas de 2022, Mariana Vieira da Silva foi terceira por Lisboa e quarta da lista em 2019.

Em Lisboa, o Chega volta a apresentar o seu líder, André Ventura, como cabeça de lista. Nas últimas eleições legislativas, em 2022, o Chega foi o quarto partido mais votado, com 7,7% dos votos e quatro deputados, atrás do PS, PSD e IL.

Também coordenadora do BE, Mariana Mortágua, repetirá o primeiro lugar da lista bloquista por Lisboa, seguida por Fabian Figueiredo e por Jorge Costa, que regressa após não se ter candidatado nas últimas eleições.

Mariana Mortágua, que assumiu este ano a liderança do partido, encabeça a lista dos bloquistas por Lisboa pela quarta vez consecutiva, a primeira foi nas eleições legislativas de 2015, repetindo depois em 2019 e também nas antecipadas de 2022.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, encabeça a lista da CDU por Lisboa, estreando-se em eleições legislativas, depois de ter substituído Jerónimo de Sousa na liderança dos comunistas, que tinha liderado na capital desde as legislativas de 2005.

Bernardo Blanco, da IL, Inês Sousa Real, do PAN, e Rui Tavares, do Livre, são os outros cabeças de lista.

Segundo as listas entregues no tribunal de Lisboa, consultadas pela agência Lusa, candidatam-se pela capital 18 partidos e/ou coligações: PS, BE, PAN, Chega, Livre, Alternativa Democrática Nacional (ADN), Ergue-te, Volt Portugal, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Movimento Alternativa Socialista (MAS), Juntos Pelo Povo (JPP), PCTP/MRPP, Partido Trabalhista Português (PTP), Nova Direita e as coligações Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), CDU (PCP/PEV) e Alternativa 21 (Partido da Terra/Aliança).

O círculo de Lisboa também é aquele tem mais líderes de partidos com assento parlamentar a concorrer: Luís Montenegro (PSD), André Ventura (Chega), Inês Sousa Real (PAN), Mariana Mortágua (BE), Paulo Raimundo (PCP) e Rui Tavares (Livre).

Em comparação com as eleições legislativas de 2022, em Lisboa concorrem menos duas forças políticas.

De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), os boletins de votos referente ao círculo eleitoral de Lisboa apresentavam 20 partidos e/ou coligações concorrentes às eleições de legislativas de 30 de janeiro de 2022.

Na altura, constavam PS, JPP, PAN, IL, PTP, Volt Portugal, CDS, MAS, Chega, Livre, Partido da Terra (MPT), PCTP/MRPP, RIR, BE, Nós, Cidadãos! (NC), Ergue-te, Aliança, ADN, CDU e PPD/PSD.

Do círculo de Lisboa, fazem parte os concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira, na Área Metropolitana de Lisboa, e de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, na Comunidade Intermunicipal do Oeste, e o município da Azambuja, que já está integrado na CIM da Lezíria do Tejo.

O prazo para a entrega das candidaturas às legislativas de 10 de março terminou na segunda-feira.

O Presidente da República convocou eleições legislativas depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter apresentado a sua demissão em 07 de novembro do ano passado, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.