O ex-primeiro-ministro António Costa afirmou hoje que as eleições legislativas realizaram-se em circunstâncias "estranhas", tendo como consequência uma falta de tração dos partidos centrais, PSD/PS, e admitiu ser fenómeno passageiro o resultado do Chega.
O primeiro-ministro manifestou hoje o desejo de que as relações entre o Presidente da República e o futuro Governo sejam tão boas "ou, se possível, melhores ainda" do que foram com o seu, afirmando não se recordar de uma "relação tão cooperante".
Na terceira votação do dia, para eleger o presidente da Assembleia da República, o presidente em funções António Filipe contabilizou os votos e mantêm-se o impasse. Francisco Assis teve 90 e José Pedro Aguiar-Branco 88 votos.
Hernâni Dias apresentou a renúncia ao cargo de presidente da câmara de Bragança para assumir esta terça-feira as funções de deputado na Assembleia da República (AR), disse hoje à Lusa.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, manteve hoje reserva sobre uma eventual participação do partido no Governo liderado por Luís Montenegro, da AD, evitando ainda confirmar se decorrem negociações com esse objetivo.
O Conselho Nacional da IL reúne-se hoje em Coimbra com os resultados das legislativas, os cenários governativos e as eleições europeias em debate, numa altura em que continua por definir uma eventual presença do partido num Governo da AD.
A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições de 10 de março com a margem mais curta da história da democracia para o segundo partido, 54 mil votos ou 0,84 pontos percentuais, segundo os resultados provisórios.
O presidente do Chega considerou hoje que "ainda é possível" um acordo com o PSD para a governação e recusou que ter um deputado que foi imigrante ilegal em França seja uma contradição face às posições do partido.
O Presidente da República considerou hoje “importante para o país” que Luís Montenegro tivesse ido hoje a Bruxelas já como primeiro-ministro indigitado, indicando que foi o líder do PSD que “pediu que isso acontecesse”.
A Assembleia da República saída das legislativas de 10 de março deverá reunir-se pela primeira vez na terça-feira dia 26 e vai eleger o novo presidente do parlamento que sucederá ao socialista Augusto Santos Silva.
Dois deputados “pesos pesados” da emigração e dois estreantes vão assumir na nova legislatura pelos círculos da Europa e Fora da Europa, numa estreia do Chega que afastou o veterano Augusto Santos Silva do Parlamento.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desejou hoje “todo o sucesso” ao primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, dizendo ansiar trabalho conjunto em “benefício da Europa como um todo”, após uma reunião em Bruxelas.
A porta-voz do PAN afirmou hoje que o partido vai estar vigilante na próxima legislatura quanto a "eventuais retrocessos ou ameaças a direitos adquiridos" e pediu ao primeiro-ministro indigitado que não os use "como moeda de troca para a governação".
A Comissão Política Nacional do PS reúne-se hoje para analisar a situação política, numa altura em que o secretário-geral socialista assumiu que o partido quer fazer uma oposição forte mas responsável, disponibilizando-se a viabilizar um Orçamento retificativo da AD.
O primeiro-ministro cessante, António Costa, felicitou hoje Luís Montenegro pela sua indigitação como primeiro e garantiu a “melhor colaboração” na transição de pastas para o novo Governo.
Luís Montenegro (AD) foi indigitado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, primeiro-ministro, pelas 0h18. Montenegro já tinha estado no Palácio de Belém no dia de ontem, mas voltou, desta vez sozinho, para se encontrar com o Presidente da República.
O presidente cessante do parlamento, Augusto Santos Silva, reconheceu hoje a sua "derrota política e pessoal" ao falhar a eleição como deputado pelo círculo de Fora da Europa.
O dirigente do PS Francisco Assis considerou hoje que, caso Augusto Santos Silva não seja eleito deputado, seria uma “perda para o parlamento”, mas antecipou que vai continuar “a contribuir para a vida democrática portuguesa”.
O vice-presidente do PSD Paulo Rangel considerou hoje que o futuro Governo deverá ter capacidade de diálogo com todos os partidos e, questionado se inclui o Chega, defendeu que “no parlamento toda a vida se dialogou com todos”.
O Chega é o partido mais votado pelos portugueses residentes no estrangeiro, quando está apurada a maioria dos consulados (54,17%) e o trabalho de escrutínio dos votos no Centro de Congressos de Lisboa está na reta final.