“Era importante para o país que o primeiro-ministro indigitado participasse hoje em Bruxelas como futuro primeiro-ministro, se vier a formar Governo, em reuniões importantes”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no final de uma visita à Futurália, feira de educação, formação e empregabilidade, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “era importante” que Luís Montenegro “se encontrasse com o primeiro-ministro ainda em funções, que se encontrasse com a presidente da Comissão Europeia, que se encontrasse com os membros do PPE que irão estar amanhã [sexta-feira] no Conselho Europeu”.

“Como os temas são muito, muito pesados, tem a ver com tudo o que é importante, Ucrânia, Médio Oriente, abertura do caminho para negociações com vários países do Leste da Europa, não fazia sentido que amanhã fosse indigitado estando em Bruxelas”, referiu.

O Presidente da República indicou também que foi o líder do PSD que pediu para a indigitação acontecer na noite passada, antes de viajar para Bruxelas.

“Foi ele que pediu que isso acontecesse”, afirmou, indicando que “foi um sacrifício” de Montenegro “porque ele partiu de Lisboa à uma da manhã para o Porto onde foi apanhar o avião para Bruxelas”.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o país compreendeu que a indigitação tenha ocorrido já de madrugada, após terminada a contagem de todos os votos dos círculos da emigração.

“O problema é o seguinte, não se pode controlar a contagem de votos, e quando há recontagens de votos não se pode dizer para num determinado momento. Terminou quando terminou”, afirmou.

Questionado se seria necessário acelerar o calendário do próximo Governo, o chefe de Estado afirmou que o processo “tem corrido como devia correr e com uma grande naturalidade”.

Quando estava de saída da Futurália, Marcelo Rebelo de Sousa cruzou-se com o líder do Chega, André Ventura, que estava a chegar à Feira Internacional de Lisboa (FIL).