Rajoy é o sexto presidente do executivo espanhol da época democrática e foi reconduzido no sábado como chefe do executivo pelo Congresso dos Deputados (parlamento), em segunda votação, com 170 votos a favor, 111 contra e 68 abstenções.
Felipe VI presidiu hoje pela primeira vez uma cerimónia de tomada de posse de um presidente do Governo espanhol depois de ter sido proclamado rei em 19 de junho de 2014, após a abdicação do pai, o rei Juan Carlos I.
O chefe do executivo vai a partir de agora formar um Governo apoiado por uma minoria de 137 deputados do Partido Popular (PP, direita) no Congresso dos Deputados que tem um total de 350 membros.
Mariano Rajoy, que tembém é líder do PP, já se manifestou “consciente do que isso significa” e disposto a pedir a colaboração de outros partidos, principalmente do Cidadãos (centro) e do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol).
O novo chefe do executivo espanhol assegurou, antes da votação dos deputados, que iria “corrigir tudo o que mereça correção, melhorar tudo o que for melhorável e ceder em tudo o que seja razoável”, mas não “derrubar tudo o que foi construído”.
O presidente do Governo espanhol regressa na quinta-feira ao Palácio da Zurzuela para comunicar a composição do executivo, que deverá tomar posse no dia seguinte, sexta-feira, numa cerimónia que também será presidida por Felipe VI.
A tomada de posse de Mariano Rajoy põe fim a 10 meses de grande instabilidade e impasse política em Espanha, com as várias forças políticas incapazes de chegar a acordo entre elas para.
A investidura do candidato de direita só foi possível depois do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) ter decidido abster-se, no sábado, para permitir a formação de um Governo e evitar a ida dos espanhóis às urnas pela terceira vez no espaço de um ano.
O PP foi o partido mais votado, mas sem conseguir a maioria absoluta, tanto nas eleições que se realizaram a 20 de dezembro de 2015 como nas eleições de 26 de junho último, em que aumentou a percentagem de votantes e o número de deputados.
O PP teve em junho 33,0% dos votos e 137 deputados, seguido pelo PSOE com 22,7% e 85 deputados, Unidos Podemos com 21,1% e 71 deputados e Cidadãos com 13,0% e 32 deputados.
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