Num ponto de situação sobre as operações de busca pelos três pescadores desaparecidos, a autoridade marítima divulgou que a boia transmissora do sinal de emergência “foi detetada pela aeronave P-3C Orion da Força Aérea Portuguesa e recolhida pela corveta da Marinha 'Jacinto Cândido’”.
Apesar dos meios envolvidos nas buscas, os três náufragos continuam por localizar, tendo neste segundo dia de operação estado envolvida a corveta "Jacinto Cândido", uma embarcação da Polícia Marítima de Leixões, uma embarcação da Estação Salva-Vidas do Douro e duas aeronaves da Força Aérea.
A maior parte destes meios suspendeu as suas operações ao pôr-do-sol, devido à diminuição da visibilidade, mas continuará na área, durante a noite, a corveta “Jacinto Cândido”.
Para esta quarta-feira, a Marinha prevê continuar com a operação de busca e salvamento, envolvendo a corveta “Jacinto Cândido”, uma embarcação da Polícia Marítima de Leixões, uma embarcação da Capitania de Aveiro, uma embarcação da Estação Salva-Vidas do Douro e uma aeronave da Força Aérea.
A embarcação “Mestre Silva”, com cerca de 12 metros, registada na Póvoa de Varzim, mas que operava normalmente a partir do porto de Matosinhos, naufragou na manhã de segunda-feira a cerca de dez milhas (19 quilómetros) ao largo de Esmoriz, em Espinho, distrito de Aveiro, com cinco tripulantes a bordo.
Apenas um pescador foi resgatado com vida, o mestre da embarcação, Rafael Silva, de 54 anos, natural de Vila do Conde, que teve de receber assistência no hospital de Santa Maria da Feira.
Há uma vítima mortal confirmada, um pescador da Póvoa de Varzim, de 54 anos, enquanto três elementos estão dados como desaparecidos: um pescador de Vila do Conde, de 64 anos, e dois indonésios, de 26 e 33 anos.
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, revelou, depois de conversar com o único sobrevivente, que o acidente aconteceu após uma onda atingir a embarcação.
"Disse-me que estavam todos a trabalhar quando foram surpreendidos por uma ‘volta de mar', uma vaga forte que virou a embarcação. Depois disso já não tem mais consciência do que se passou", adiantou José Festas.
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