Depois de entregar a proposta orçamental ao presidente da Assembleia da República, Mário Centeno foi questionado sobre se o documento ‘amarra’ os parceiros políticos que dialogaram previamente com o Governo sobre a proposta, ou seja, BE, PCP, PEV, PAN e Livre.
“Talvez o segredo de uma negociação justa e igual é que ninguém esteja amarrado a ninguém. Já usámos todas as metáforas para descrever esse tipo de amarração, não existe tal coisa”, afirmou, dizendo estar “muito confiante” numa proposta de Orçamento que descreveu como “responsável e sustentável”.
“Tenho muitas dúvidas que alguém possa não se rever num orçamento como este”, acrescentou, perante a insistência dos jornalistas se acredita na aprovação do documento.
Antes, o ministro das Finanças salientou que o orçamento hoje entregue “foi dialogado, conversado e debatido em inúmeras reuniões até hoje”.
“Esse processo vai continuar, o diálogo nunca para”, assegurou Centeno.
O ministro das Finanças salientou que Portugal “tem hoje no contexto europeu um estatuto de estabilidade política” invejada pela maioria dos países parceiros no Eurogrupo, instituição à qual preside.
“Nós mostrámos ao mundo como é possível abrir a todo o espetro de opiniões, de diálogos, de acordos que até à altura ainda não tínhamos conhecido. Essa é uma novidade que já não é novidade, e como já não é novidade tenho muitas dúvidas que se perderá”, afirmou.
Mário Centeno apresentará em detalhe a partir das 08:30 o primeiro orçamento da XIV legislatura e que tem inscrito um excedente orçamental, inédito em democracia.
O OE2020 começará a ser debatido em plenário, na generalidade, nos dias 09 e 10 de janeiro, estando a votação final global prevista para 06 de fevereiro.
Os partidos com assento parlamentar remeteram para hoje uma primeira reação à proposta de Orçamento do Estado. Pelo terceiro ano consecutivo, devido à hora tardia em que o documento foi entregue no parlamento, as reações partidárias não aconteceram no dia da entrega da proposta orçamental.
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