José Sócrates salientou, em declarações à SIC, a "vida política tão rica e diversificada" de Mário Soares, recordando-o como um dos "grandes combatentes pela liberdade e pela democracia" em Portugal.
Sócrates lembrou ainda a forma como Mário Soares enfrentou a ditadura, sofrendo a "prisão, o exílio e o desterro" antes do seu regresso triunfal após o 25 de Abril.
Além de "combatente pela liberdade", Sócrates disse que Mário Soares deve ser recordado como o político da "reconciliação", mormente depois da primeira vitória nas eleições presidenciais em que o país "estava tão dividido".
"O país estava tão dividido e ele apaziguou o país", sublinhou Sócrates, acrescentando que esses e outros factos transformaram Mário Soares num dos "políticos portugueses mais influentes" e também num dos "grandes políticos europeus".
Em termos pessoais, Sócrates classificou Mário Soares como um "grande companheiro político e amigo", observando que "ficará para sempre no coração" a atitude e o apoio que lhe prestou nos últimos tempos.
"O que ele fez por mim nos últimos tempos ficará para sempre no coração", disse Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente na cadeia de Évora no âmbito da "Operação Marquês", tendo, na altura, recebido a visita de Mário Soares.
Sócrates disse ainda recordar ainda Mário Soares como "um homem de espírito, bom companheiro e divertido", que "tinha muitos amigos", de diversos quadrantes políticos.
Nas suas palavras, foi um "querido amigo que o inspirou e motivou" e que deixa um legado de alguém que sempre combateu com convicção e determinação.
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