"Não acho que o cartaz seja ofensivo. Acho que é um erro porque mistura coisas que o Bloco de Esquerda (BE) se tem esforçado - e bem - por separar, política partidária e sensibilidades religiosas", defendeu Marisa Matias, numa curta declaração enviada, por escrito, à agência Lusa.
O BE lançou hoje uma campanha sobre a adoção por casais do mesmo sexo, que foi recentemente confirmada no parlamento depois do veto do Presidente da República, da qual faz parte um cartaz com a palavra "Igualdade" e um suporte que está a circular na Internet e nas redes sociais com a imagem de Jesus Cristo e se lê "Jesus também tinha 2 pais".
A posição da eurodeputada bloquista já tinha sido parcialmente avançada pela mesma, quando, ao responder a uma pergunta sobre o tema na sua página da rede social Facebook acabou por admitir: "acho que saiu ao lado da intenção que se pretendia. Que foi um erro."
Cartaz criticado
Este cartaz já foi criticado pelos partidos PSD e CDS/PP e pela Conferência Episcopal, que o considerou uma "afronta aos crentes".
O Cardeal-Patriarca de Lisboa juntou-se ao coro de críticas e já esta noite condenou este cartaz porque representa uma mentira "que desqualifica quem a propaga".
Já depois das críticas, a deputada do BE Sandra Cunha defendeu que esta campanha não "teve qualquer caráter ofensivo", tendo sido usado o humor para dar visibilidade ao tema.
"Não se pretende de nenhuma forma ofender nem teve qualquer caráter ofensivo. O BE respeita e tem o maior respeito por todas as convicções religiosas e estamos certos que temos uma grande maioria de crentes e de não crentes que estarão connosco por estas famílias e por esta diversidade", disse a deputada do BE.
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