Falando aos jornalistas no final da Mesa Nacional, reunião na qual foram aprovados os nomes que constituirão a lista que o partido apresenta às eleições de 26 de maio, Catarina Martins apontou que o Bloco vai mostrar “a garantia do trabalho da Marisa Matias e das provas que ela tem dado no Parlamento Europeu”.
“É também a Marisa a eurodeputada que mostra mais coerência e mais consistência em todos os seus votos”, vincou.
Referindo que existem “garantias que são dadas pelo trabalho feito”, a coordenadora nacional do BE sustentou que a cabeça de lista “é seguramente a eurodeputada portuguesa que dá mais garantias”.
“Por isso, esta candidatura é também essa garantia de compromisso com as lutas que contam no nosso país”, acrescentou.
O ex-deputado do BE José Gusmão é o número dois da lista do partido às eleições europeias, encabeçada pela eurodeputada Marisa Matias, foi hoje aprovado pela Mesa Nacional dos bloquistas.
A lista inclui ainda Sérgio Aires, anterior presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, Anabela Rodrigues, um “dos principais rostos da luta antirracismo”, Alexandre Abreu, antigo assessor do ministério das Finanças de Timor Leste, e Ana Rute Marcelino, da concelhia do BE em Vila Nova de Famalicão.
Além destes nomes, a lista contará também com Rui Ferrão, Alexandra Manes, Bruno Góis, Amílcar José Morais, Bárbara Xavier, Daniel Bernardino, Ana Cardoso Pires, Mónica Neto, Filipe Pereira, Izaura Solipa, Teresa Soares, Pedro Oliveira, Cristina Guedes, Lúcia Pereira Cunha e Miguel Martins.
Numa intervenção em que não falou dos restantes candidatos, Catarina Martins assinalou a paridade da lista e o facto de esta ser “diversa, de pessoas que têm provas dadas nas mais diversas áreas e ativismos”, bem como a “única, pelo menos, anunciada” que é encabeçada por uma mulher.
Também presente na conferência de imprensa, a cabeça de lista salientou que não é eurodeputada “para trazer as exigências de Bruxelas” para Portugal, mas sim o contrário, para “levar as exigências” dos portugueses até Bruxelas.
“Eu não tenho medo, ao contrário, provavelmente, de outras pessoas, não tenho medo de ser avaliada pelo trabalho que realizei no Parlamento Europeu ao longo dos últimos 10 anos, aliás, gostava muito de poder ser avaliada precisamente pelo trabalho que realizei durante esta campanha eleitoral”, vincou Marisa Matias.
Apresentando-se como europeísta, mas não “eurodeslumbrada”, Marisa Matias afirmou que este é um “tempo em que a integração europeia tem sido profundamente desigual e tem levado a um reforço das desigualdades económicas e sociais no espaço europeu, e a uma fragmentação do projeto político, mas também uma fragmentação social e económica”.
Por isso, e defendendo “uma outra Europa”, a dirigente advogou uma Europa “de liberdade, inclusiva, e não uma Europa de muros como aquela que se está a construir”.
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