Em comunicado, Luísa Salgueiro disse que, apesar de aguardar a confirmação oficial sobre a fonte de contágio que chegará com o resultado das análises às bactérias encontradas naquelas estruturas, entende ser tempo de sossegar as populações que habitam nas freguesias onde se encontram instaladas essas.

“É muito penalizador, principalmente num momento de pandemia como aquele em que vivemos, as pessoas estarem perante esta incerteza”, sublinhou.

A origem do surto continua por detetar, mas a ARS-Norte divulgou, na terça-feira, que, "como medida cautelar, a Autoridade de Saúde da Unidade Local de Saúde de Matosinhos procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos".

Na quarta-feira, a empresa de produtos lácteos Longa Vida adiantou ter desligado as suas torres de refrigeração “a título preventivo”, cumprindo as indicações da autoridade de saúde.

Já hoje, a conserveira Ramirez, que também desligou as suas torres de refrigeração, revelou que as análises realizadas às mesmas deram negativo.

Apesar deste anúncio, e confrontada com o mesmo, esta autarquia do distrito do Porto referiu que ainda não foi informada destes resultados mantendo, por isso, a indicação da existência de duas empresas “suspeitas” e não apenas de uma.

A autarca solicitou à ARS-Norte que informe as populações sobre os cuidados a ter durante este período.

Quer ainda que esta entidade revele quais as medidas preventivas que foram tomadas e de que forma estas mitigam o risco de infeção e do aparecimento de novos casos.

Já quanto às empresas “suspeitas”, Luísa Salgueiro contou ter requerido às mesmas os últimos relatórios de manutenção dos equipamentos, assim como informação sobre a utilização intensiva dos equipamentos e o seu horário recente.

O número de pessoas internadas devido ao surto de ‘legionella' na região do Grande Porto diminuiu para 17, com a recuperação de três doentes que hoje tiveram alta, confirmou fonte da ARS-Norte.

Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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