“O município de Loures já investiu muito do seu orçamento próprio e há muita intervenção urgente que é preciso fazer. Só com esta verba [apoios] conseguiremos fazer as intervenções estruturais que o orçamento municipal não consegue suportar”, afirmou Ricardo Leão (PS).

O autarca socialista falava esta manhã durante o Período Antes da Ordem do Dia (PAOD) da reunião do executivo a propósito das verbas que serão disponibilizadas pela tutela para fazer face aos prejuízos em equipamentos e infraestruturas municipais, decorrentes das cheias que afetaram o município em dezembro do ano passado.

“Na sexta-feira falei com a ministra [da Coesão Territorial] Ana Abrunhosa e disse-lhe que adoro beijinhos e abraços, mas agora issso já não chega. É preciso haver esse apoio e esse apoio não está a vir”, lamentou.

Na sequência das explicações dadas pela ministra da Coesão, Ricardo Leão deu conta que ainda durante esta semana sairá um despacho do Ministério das Finanças para que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) efetue e operacionalize a verba.

“Vou esperar até ao final da semana e depois volto a insistir. É urgente que a CCDR operacionalize e vá para o terreno. Há muita intervenção neste concelho de Loures e está identificada”, sublinhou.

Há duas semanas, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse no parlamento que os prejuízos decorrentes do mau tempo que afetou o país em dezembro e em janeiro aumentaram para 342 milhões de euros.

O anterior balanço dos prejuízos era de 293 milhões de euros e o volume dos apoios a conceder ascendia a cerca de 185 milhões de euros.

A ministra da Coesão referiu que os avisos para apoios a equipamentos e infraestruturas municipais e aos empresários serão lançados até ao final do mês de fevereiro, não avançando se a verba será reforçada.

Vários distritos do continente foram afetados por chuvas fortes entre o final de 2022 e o início deste ano, com grandes inundações, estragos em estradas, comércio e habitações, e dezenas de desalojados.

Em Algés, no concelho de Oeiras (distrito de Lisboa), foi registada uma morte.