Miguel Pavão falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para analisar a atual situação pandémica no país, no âmbito de uma série de encontros que o chefe de Estado está a manter com diversas instituições.
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas disse ter comunicado ao Presidente da República que esta classe profissional foi “afetada” pela pandemia, desde o seu início, mas há “sinais de extrema confiança” na classe, porque a taxa de infeção entre os médicos dentistas é “muito baixa” face à média nacional.
Confrontado pelos jornalistas com a eventualidade de a situação se agravar e Portugal decretar o estado de emergência, o mesmo responsável destacou que seriam “medidas difíceis” para a classe que representa, mas que estes profissionais, mesmo nessa situação, iriam “colaborar com todas as medidas” implementadas.
Miguel Pavão insistiu contudo que, à partida, a Ordem dos Médicos Dentistas “rejeita a ideia de confinamento”, situação que poderia levar a uma “nova suspensão” da atividade. Adiantou ter colocado ênfase nesta questão na audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
O bastonário destacou que os médicos dentistas têm tido um “papel fundamental de colaboração na solução” do problema da pandemia e que são capazes de “potenciar as medidas de saúde pública” a nível comunitário, devido à proximidade e comunicação com os cidadãos.
Miguel Pavão transmitiu ainda ao chefe de Estado que a Ordem dos Médicos Dentistas está a colaborar com a Linha SMS 24, havendo já 1.200 profissionais registados nessa linha, designadamente para atendimento dos doentes assintomáticos.
“É uma forma de colaboração num período que se espera longo, mas temos que colaborar e os médicos dentistas estão dispostos a ajudar e a contribuir para de uma forma responsável e concreta combater esta pandemia”, concluiu.
Portugal contabiliza pelo menos 2.297 mortos associados à covid-19 em 116.109 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Comentários