António Mendonça Mendes falava aos jornalistas no final da XIII Convenção do Bloco de Esquerda, que terminou hoje no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, começando por responder às críticas da nova coordenadora do partido, Mariana Mortágua, ao executivo socialista.
“As críticas são normais em oposição, e o que o BE aqui hoje expressou é a sua opinião. O Governo está absolutamente focado no que são as respostas para o país e que têm resultados”, respondeu o governante, destacando a descida “para mínimos históricos” da taxa de abandono escolar ou as creches gratuitas.
Mendonça Mendes foi várias vezes questionado sobre a atuação do SIS na recuperação de um computador do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba, mas não adiantou nenhum dado sobre o tema, dizendo que “há tempo para tudo”.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou na sua audição na comissão parlamentar de inquérito este mês que quem lhe disse em 26 de abril para contactar os serviços de informações foi o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes.
Mendonça Mendes — que terá que ir ao parlamento para uma audição sobre o assunto na comissão de Assuntos Constitucionais – afirmou que “o que é essencial responder sobre essa matéria já foi respondido”, não tendo mais “nada de relevante para acrescentar”, e rejeitou comentar “a atividade da comissão de inquérito” à gestão política da TAP, voltando sempre a focar as suas respostas na atividade do executivo e repetindo que é necessário “responder às necessidades do país”.
Questionado sobre se não teme ser mal interpretado, Mendonça Mendes respondeu: “Não, o que eu temo é que não possamos responder àquilo que são as necessidades dos portugueses e o Governo deve estar focado, concentrado, em resolver os problemas de acesso à saúde, de acesso à educação, os problemas do custo de vida e para isso temos que dar respostas, é nisso que todo o Governo está concentrado”, disse.
Sobre o BE, Mendonça Mendes lembrou os tempos da ‘geringonça’ — período em que um executivo minoritário do PS contou com uma solução inédita de suporte parlamentar de PCP, BE e PEV, entre 2015 e 2021 — dizendo que os bloquistas partilharam “muitos dos avanços” da governação na altura, que corresponderam, na sua opinião, “a melhorias reais na vida dos portugueses”.
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