“Contrataram até agora menos 710 professores do que no ano passado e apesar de ter havido a vinculação de 2.424, saíram para aposentação 1.852. Portanto, se fizermos a diferença, verificamos que este ano, as escolas começaram o ano letivo com menos 140 professores do que no ano passado”, disse à Lusa Mário Nogueira, lamentando que "num ano em que há um plano de recuperação por causa de uma pandemia” não exista um reforço de professores nas escolas.

A Fenprof tinha dito esta manhã, em conferência de imprensa no Porto para balanço da abertura do ano letivo e perspetiva ano que se apresenta como o da municipalização, que as escolas estavam com "menos 117 professores do que no ano passado”.

“Nós tínhamos dito na conferência de imprensa que as escolas estavam com menos 117 professores do que no ano passado e posso dizer que saiu, a seguir ao almoço, a chamada reserva de recrutamentos e neste momento, que é o limite da reabertura das aulas, estivemos a fazer contas e as escolas têm menos 140 professores do que no ano passado por esta altura”, explicou o secretário-geral da Fenprof.

Mário Nogueira alertou também hoje que iria haver falta de professores em determinadas disciplinas, sobretudo em Lisboa e no Algarve, a “breve prazo” ou mesmo já este mês de setembro.

“Por aquilo que também é possível ver pelas listas de professores ainda por colocar, não tarda há um conjunto de disciplinas, sobretudo em Lisboa e no Algarve, que já não vão ter professores nas escolas. Em particular professores de informática, geografia, professores de filosofia, professores de física e química, professores de biologia e geologia ou professores de história, e mesmo no 3.º ciclo de professores de história e geografia. Estas disciplinas vão deixar de ter professores em muito breve prazo e provavelmente em setembro ainda”.

As aulas para cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º ano começaram esta semana, entre terça-feira e hoje, com um novo ano marcado pelo arranque do plano de recuperação de aprendizagens. Desde o início da semana que está também a decorrer uma greve promovida pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que abrange todos os profissionais de educação desde creches ao ensino superior.

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