Segundo uma análise do Público ao mais recente relatório da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), no qual está discriminado o balanço entre entradas de novas viaturas e a saídas de veículos abatidos, o parque automóvel do Estado continua envelhecido e poluente.
No total, o número de viaturas do Estado encolheu em 2021, com menos 411 veículos que em 2020, o que representa uma descida de 1,6% da frota. No total, no final de 2021 Portugal tinha 26.561 veículos do Estado.
No ano passado, foram adquiridos 925 veículos novos, dos quais apenas nove são eléctricos e seis são híbridos. Isto significa que apenas 1% das novas entradas dizem respeito a eléctricos e 0,6% dizem respeito a híbridos.
No entanto, em resposta ao jornal, o gabinete da ministra da Presidência, que tutela a ESPAP, defende que as contas devem ser feitas de outra forma, uma vez que a grande maioria dos veículos adquiridos não está sujeito a critérios ambientais. Tal acontece porque 75% dessas 925 novas entradas dizem respeito a veículos especiais, que estão isentos do cumprimento de normas ambientais fixadas por um despacho ministerial em 2019.
Assim sendo, se a equação for a do Governo, olhamos apenas para 226 novas compras, veículos esses sujeitos a critérios ambientais. Neste universo contabilizam-se os mesmos nove eléctricos e seis híbridos. Ou seja, 3,98% dos carros adquiridos no último ano foram elétricos e 2,65% híbridos, o que dá uma percentagem total próxima dos 7%.
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