Dos 94 comboios (que correspondem a menos de um quinto do total programado), 84 eram relativos aos serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral para os serviços urbanos de Lisboa e Porto, indicou a CP – Comboios de Portugal em comunicado.

“No contexto das dificuldades decorrentes desta greve, a CP tem envidado todos os esforços para conseguir disponibilizar as soluções de transporte possíveis aos seus clientes e lamenta os impactos que esta paralisação provocou na vida de todos quantos recorrem aos comboios para as suas deslocações, de trabalho ou de lazer”, acrescentou.

No primeiro dia de greve, iniciada na segunda-feira às 12:00, realizaram-se 47% dos comboios, ou seja, 589 de um total programado de 1.256.

A paralisação termina hoje à meia-noite, mas a CP espera que na quarta-feira a circulação ainda tenha perturbações.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) e pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), que contestam o “incumprimento do acordado com o Governo, em setembro de 2017, referente ao recrutamento de 88 trabalhadores operacionais […] da área comercial itinerante e para as bilheteiras da CP".

As duas estruturas sindicais afirmam que o executivo e a CP estão em "incumprimento para com os trabalhadores" que representam na negociação da contratação coletiva desde 01 de outubro deste ano, referindo que “têm realizado várias iniciativas e apelos junto da empresa e do Governo para que o processo negocial fosse concretizado, não tendo até ao momento obtido qualquer respostas às propostas do Acordo de Empresa e regulamento de carreiras apresentadas".

Conforme anunciado na sexta-feira, os serviços mínimos da greve dos trabalhadores da CP incluem a circulação de quase 190 comboios, nos serviços urbanos de Lisboa, nos urbanos do Porto, na Linha de Cascais e na Linha de Setúbal.