“A situação é difícil, a incidência está a aumentar, estamos em crescimento exponencial”, disse Merkel, numa conferência de imprensa dedicada principalmente à campanha de vacinação.
A chanceler disse que, embora não pudesse antecipar em detalhes as decisões que vão ser tomadas no dia 22 em reunião com os ministros-presidentes dos estados federados, é claro que vai ser aplicado o que denomina de “travão de emergência”, caso a incidência semanal seja superior a 100 infeções por 100.000 habitantes.
“É bom que tenhamos chegado a um acordo para um travão de emergência e teremos de o aplicar. Gostaria de o poder evitar, mas não será possível”, explicou.
Isso provavelmente implicará novo encerramento de comércios não essenciais - que tinham sido reabertos com restrições – e o regresso da regra que até 03 de março proibia encontros com mais de uma pessoa de outro domicílio.
A incidência semanal subiu novamente na Alemanha, até 95,6 novos casos por cada 100.000 habitantes, em comparação com os 90 de quinta-feira e 86,2 de quarta-feira, enquanto há uma semana estava em 72,4.
As autoridades de saúde registaram 17.482 novas infeções nas últimas 24 horas, mais 5.000 do que na sexta-feira passada, e o número diário de vítimas mortais chegou hoje a 226, em comparação com os 252 de sexta-feira passada, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, atualizados à meia-noite.
O pico de incidência foi registado em 22 de dezembro com 197,6 por 100.000 habitantes e em 28 de janeiro caiu abaixo de 100 pela primeira vez em três meses, uma tendência de queda que se manteve por algumas semanas, mas foi revertida.
A tendência em alta é explicada pela presença das novas variantes do novo coronavírus, consideradas mais agressivas e contagiosas.
O aumento da incidência já tinha levado vários especialistas a pronunciarem-se a favor de manutenção das restrições.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.692.313 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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