Na sua habitual mensagem de vídeo aos sábados, Merkel considerou que a Cooperação Estruturada Permanente nas áreas da defesa e segurança na Europa (PESCO), à qual a maioria dos países membros da União Europeia (UE) aderiu no final do ano passado, é "extraordinariamente importante" para a "capacidade de defesa" da Alemanha.

"Demos um grande passo em frente", afirmou.

A chanceler, que na próxima semana vai intervir no congresso anual do Bundeswehr (exército alemão), disse que as missões militares internacionais são um dos instrumentos para intervir em conflitos externos, mas que este instrumento nunca é usado de forma isolada mas em conjunto com medidas de cooperação para o desenvolvimento e soluções políticas.

"A nossa segurança depende de como as outras regiões estão", acrescentou Merkel para justificar a participação alemã em algumas missões internacionais.

Na quinta-feira passada, a chanceler admitiu que a UE não pode mais esperar que os Estados Unidos da América a proteja dos conflitos no mundo, a maioria dos quais ocorre "às portas" da Europa, em referência a crises como as da Síria e da Ucrânia.

Esta sexta-feira insistiu neste ponto ao lembrar que "as fronteiras externas da UE" estão em "vizinhança direta” com os conflitos armados como o da Síria e que os seus efeitos estão a bater nas suas portas, como a persistente crise migratória revela.

No entanto, os gastos militares alemães continuam a sofrer apenas ligeiros aumentos. Este ano espera-se que os gastos militares valham cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o mesmo valor do ano passado, muito abaixo dos 2% que os parceiros da NATO se comprometeram até 2024 e que os EUA exigem que atinjam o mais rapidamente possível.