Merkel reconheceu alguns “movimentos ténues” na aplicação dos acordos de paz na Ucrânia Oriental”, numa conferência de imprensa com o seu homólogo britânico Boris Johnson.

“Se houvesse progressos com certeza que teríamos uma situação nova”, acrescentou Angela Merkel, referindo que “não foi possível avançar mais”.

Boris Johnson, que efetuou à Alemanha a sua primeira deslocação ao estrangeiro desde que assumiu a chefia do Governo britânico, no passado dia 26 de julho, concordou com as palavras da chanceler alemã.

“Penso da mesma maneira que a chanceler, que a situação que permitirá o regresso da Rússia ainda está por concretizar”, vincou.

O primeiro-ministro britânico destacou as “provocações” da Rússia não somente na Ucrânia, mas em múltiplas outras ocasiões, citando “o uso de armas químicas em solo britânico”, em Salisbury, quando um ex-agente duplo russo e a sua filha caíram em coma após terem entrado em contacto com o agente neurotóxico Novitchok, em março de 2018.

A Rússia negou sempre a sua implicação no caso.

O Presidente francês Emmanuel Macron, por seu lado, considerou também hoje, em Paris, ser “pertinente que a prazo a Rússia possa regressar ao G8″, de que foi excluída em 2014 na sequência da invasão da província ucraniana da Crimeia.

A questão será abordada na cimeira que o G7 realiza este fim de semana em Biarritz, sudoeste de França, em que participam os líderes dos membros: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.