Os dois líderes coincidiram sobre a necessidade de encontrar um “procedimento consensual” entre a comunidade internacional, assim como de implementar os acordos adotados entre os países do G7 e as iniciativas em curso levadas a cabo pela ONU, informaram fontes do governo alemão.
Merkel insistiu, nos últimos dias, na necessidade de ser aberto um corredor civil para retirar essas pessoas do Afeganistão depois de no final da semana passada a Alemanha ter terminado a operação de evacuação em aviões militares.
O ministro das Relações Exteriores alemão encontra-se num périplo por vários países da região, incluindo a Turquia e o Uzbequistão, a fim de analisar possibilidades de atuação.
A Alemanha conseguiu retirar 3.849 afegãos, dos quais apenas 638 eram colaboradores locais do país e seus familiares, de um total de cerca de 40 mil pessoas que Berlim estima que fariam parte desse grupo.
No total, chegaram à Alemanha, resgatados a partir de Cabul e após escala no Uzbequistão, 4.587 pessoas, entre os referidos 3.849 afegãos e 403 alemães, além de cidadãos de outros estados.
Em declarações à imprensa, durante a sua viagem oficial, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros Heiko Maas advertiu que apenas está a ser tida em conta a possibilidade de retirar do país cidadãos afegãos legitimados para tal, quer seja por terem sido colaboradores locais ou por serem seus familiares.
O conceito de colaborador local inclui tanto funcionários da embaixada como intérpretes ou pessoal de apoio ao exército alemão no Afeganistão, de organizações não-governamentais e outras organizações alemãs que trabalhem no território.
O exército alemão, que teve o segundo maior contingente no Afeganistão, a seguir aos Estados Unidos, completou a sua retirada em maio.
Para a operação de resgate foi necessário aprovar um novo mandato de urgência, que contemplou o deslocamento de até 600 soldados, dos quais cerca de 450 tiveram intervenção direta no terreno.
Todos regressaram à Alemanha na sexta-feira, em três aviões militares.
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