Estavam recenseados no território nacional e no estrangeiro 10.821.244 eleitores (mais 9.808 do que nas anteriores legislativas de 2019) para votar e eleger os 230 deputados à Assembleia da República, de que sairá o novo Governo.
A votação começou sem incidentes nem boicotes, mas com uma queixa da coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra o facto de a “única cabine da única secção de voto” no Corvo estar “virada diretamente para os membros da mesa”, impedindo o voto secreto.
Outras dificuldades foram sentidas por alguns eleitores residentes no estrangeiro que não conseguiram participar no escrutínio, por não terem manifestado antecipadamente que o pretendiam fazer presencialmente.
Estes eleitores tinham de ter pedido o voto presencial até 05 de dezembro, para votarem sábado e hoje, e os restantes puderam votar por via postal, devolvendo a carta com o boletim de voto até ao passado sábado.
Com uma participação aparentemente maior do que nas eleições legislativas de 2019, os votantes desde cedo se dirigiram às secções de voto, respeitaram as filas, maiores devido à distância imposta pelos cuidados contra a propagação da covid-19.
Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), até às 16:00 tinham votado mais de 4,9 milhões de eleitores, representando 45,66% dos 10.820.337 eleitores inscritos.
Nas secções de voto eram visíveis as marcas, indicações, os desinfetantes e o aviso da obrigatoriedade da máscara, com os eleitores a sentirem-se seguros neste ato.
As mesas de voto estiveram abertas entre as 08:00 e as 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abriram e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Tendo em conta a atual situação da pandemia, em que mais de um milhão de pessoas estão em isolamento obrigatório devido à covid-19, o Governo decidiu que estes eleitores poderiam votar presencialmente, recomendando aos eleitores em isolamento que exercessem o seu direito entre as 18:00 e as 19:00.
Concorreram a estas eleições legislativas antecipadas 21 forças políticas, o mesmo número do que em 2019, mas apenas 13 concorrem em todos os círculos eleitorais.
Estrearam-se nestas eleições o Volt Portugal (VP) e dois partidos mudaram de nome: o PNR passou a ‘Ergue-te (E)’ e o PDR chama-se agora ‘Alternativa Democrática Nacional (ADN)’.
Os partidos políticos são: PSD, PS, BE, CDS-PP, PAN, Aliança, Chega, Iniciativa Liberal, Ergue-te, ADN, PCTP-MRPP, PTP, Livre, RIR, MPT, Nós, Cidadãos!, MAS, JPP, PPM e o Volt Portugal.
Além dos partidos que se apresentam sozinhos a eleições, há três coligações candidatas. A CDU (que junta PCP e PEV) concorre a todos os círculos eleitorais, a coligação ‘Madeira Primeiro’ (PSD/CDS) apenas na Madeira e a Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) apenas nos Açores.
A 09 de fevereiro serão contados os votos dos círculos da Europa e Fora da Europa, que elegem quatro deputados. Após o apuramento destes dois círculos, fica fechado o apuramento geral dos resultados das legislativas
A legislatura atual, que terminaria apenas em 2023, foi interrompida depois do ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022 ter gerado uma crise política que levou à dissolução do parlamento e à convocação de eleições antecipadas.
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