Segundo o gabinete de imprensa do Governo de Gaza, o número de deslocados atinge 1,4 milhões de pessoas, de um total de 2,3 milhões, e cerca de metade destas pessoas estão abrigadas em 217 centros de acolhimento, enquanto as restantes foram acolhidas por familiares, amigos ou conhecidos.

Desde o início da guerra, 4.651 palestinianos foram mortos em Gaza na sequência de bombardeamentos israelitas indiscriminados, incluindo 1.873 crianças, 1.023 mulheres e 187 idosos, registando-se ainda 14.245 feridos, segundo a última contagem do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

Além disso, 31 mesquitas foram destruídas e três igrejas foram danificadas após a intensificação dos bombardeamentos aéreos no enclave nos últimos três dias, denunciou a mesma fonte, acusando Israel de “não ter linhas vermelhas” dos ataques.

Cerca de 164 mil habitações foram “parcial ou totalmente danificadas” e 5 635 edifícios residenciais foram “totalmente demolidos”, afirmou o Governo de Gaza. Um total de 67 sedes de governo, dezenas de instalações públicas e serviços de utilidade pública que constituem a infraestrutura civil foram também destruídos ou gravemente danificados.

Além disso, 176 escolas “foram danificadas, 30 das quais estão fora de serviço” devido aos ataques.

Nos últimos dias, o exército israelita atacou mais de 15 “zonas vitais com presença civil”, incluindo as zonas “em fila”, onde “dezenas de pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas”, afirmou o porta-voz do governo de Gaza, Salama Maarouf.

Entretanto, um porta-voz militar israelita disse hoje que o exército está concentrado em acelerar o ritmo dos ataques “contra dezenas de alvos terroristas” e milicianos palestinianos de alta patente.

Segundo o porta-voz, nas últimas horas foram mortos dezenas de membros das milícias, incluindo dois operacionais da Nukhba, as forças de elite do Hamas que terão executado o ataque a Israel, a 7 de outubro.

Também foi morto durante a noite o vice-comandante da força de lançamento de foguetes do Hamas, Mohamed Qatmash.