A empreitada visa “garantir um melhor serviço aos clientes do Metropolitano de Lisboa”, melhorando as acessibilidades e acabamentos, e instalando equipamentos, disse à Lusa o Metropolitano de Lisboa, numa resposta escrita.
A empresa indicou que está aberto um concurso público, até 10 de agosto, para a remodelação do átrio norte da estação do Areeiro, com a instalação de elevadores, a renovação das paredes, tetos e pavimentos, a atualização dos sistemas técnicas e a reorganização dos espaços de apoio à exploração na área disponível do átrio.
O concurso público foi lançado com um preço base de 2,1 milhões de euros, mas o valor do investimento chegará a cerca de 3,75 milhões, que corresponde à soma do preço base com um “conjunto de atividades complementares que serão necessárias assegurar, nomeadamente a fiscalização, empreitadas específicas e outros fornecimentos”.
Por enquanto, a estação do metro não vai encerrar devido às obras.
“Isto é um atentado, é demasiado para os moradores e para os comerciantes”, disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, Fernando Braamcamp.
O autarca referiu que “o impacto negativo vai depender do sítio onde for colocado o estaleiro e do prazo da obra”.
Já a presidente da União das Associações de Comércio e Serviços, Carla Salsinha, disse à agência Lusa que não tinha qualquer conhecimento desta empreitada.
Alguns comerciantes da Praça Francisco Sá Fernandes, onde se localiza a estação metropolitana, disseram não terem sido avisados “de obras nenhumas”.
No entanto, não deixaram de referir os condicionamentos que as obras poderão ter no trânsito, “apesar de aumentarem as carreiras de autocarros”, como mencionou o proprietário de um restaurante, que não quis ser identificado.
Ainda assim, os comerciantes mantêm alguma esperança de que estas obras tragam melhorias à cidade: “O impacto positivo só chegará no final. Até sabermos quanto tempo durarão as obras não sabemos que benefícios é que estas trazem”, acrescentou o proprietário.
No entender dos lojistas ouvidos pela Lusa, se esta intervenção for como a obra da rotunda (na praça), vai ser muito complicado.
Apesar disso, após confrontados com a intervenção prevista, os comerciantes mais antigos disseram que “o pior já passou”, referindo-se ao início das obras, em 2008, quando “o fumo, a poeira e os detritos das obras condicionavam a entrada e visibilidade” dos estabelecimentos.
As obras de remodelação e ampliação no Areeiro, da linha verde do Metropolitano, começaram em 2008 e deveriam ter terminado em 2011.
Contudo, só a primeira fase da obra, no átrio sul, demorou cinco anos e apenas em novembro de 2013 se deu início à segunda fase, que diz respeito ao átrio norte daquela estação, com acesso para a Praça Francisco Sá Carneiro e para a Avenida Almirante Gago Coutinho.
No entanto, a obra de remodelação do átrio norte da estação foi suspensa "por incumprimento contratual, insanável, por parte do empreiteiro", explicou à Lusa, em 2015, a Transportes de Lisboa.
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