A apresentação pública das novas carruagens (14 unidades triplas) coincidiu com o início da Semana Europeia da Mobilidade e realizou-se ao início da tarde no Parque de Material e Oficinas do Metropolitano, localizado no concelho de Odivelas, numa cerimónia presidida pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz.
A primeira unidade tripla tinha chegado a estas oficinas em agosto, vinda de Espanha num camião TIR, tendo sido já alvo de testes antes de começar a operar, no início de 2025.
Além de serem tecnologicamente “mais modernas” (climatização, janelas mais amplas, painéis digitais), as novas carruagens serão também “mais acessíveis” para pessoas com mobilidade reduzida, pela inexistência de rampas ou declives.
Cada unidade tripla dispõe de 90 lugares sentados, sendo 30 assentos prioritários, identificados com uma cor diferente e com espaço para fixar duas cadeiras de rodas.
O investimento global nestas 14 unidades triplas é de 114,5 milhões de euros, segundo avançou a empresa.
Na sua intervenção, o ministro das Infraestruturas sublinhou a importância deste tipo de investimentos, ressalvando que é o maior dos últimos 24 anos.
“Há um investimento [no Metropolitano] que não existia há décadas. Uma política de continuidade e de reforço, de forma a tornar o sistema mais integrado, eficiente e previsível”, afirmou Miguel Pinto Luz.
O governante admitiu que, por vezes, “existem motivos de queixa” no serviço prestado pelo metro, mas pediu compreensão aos utilizadores deste transporte, sublinhando que “estão a ocorrer mudanças tecnológicas”.
“Estamos a pensar no futuro e em melhorar o serviço público”, sublinhou.
Além da aquisição destas novas 14 unidades, o Metropolitano lançou, no final de 2023, um outro concurso público internacional para a compra de mais 24 novas unidades triplas (72 carruagens) para reforço da frota existente, face à expansão da rede.
Este investimento conta com a opção de aquisição de mais 12 unidades triplas (36 carruagens), com o preço base de 138 milhões de euros.
De acordo com o Metro, a opção de adquirir mais 12 unidades triplas “prende-se com a necessidade de vir a substituir, de forma contínua, o material circulante que se encontra em fim de vida, procurando, desta forma, assegurar-se as condições de flexibilidade e interoperacionalidade de toda a frota”.
Também durante o dia de hoje, Miguel Pinto Luz irá visitar as obras da Linha Circular, nomeadamente a futura estação da Estrela, que terá uma ligação a Santos, num prolongamento à já existente linha Amarela.
Esta visita terá como momento simbólico a deposição de uma “cápsula do tempo”, que contém objetos representativos no futuro átrio da estação Estrela.
Prevista inaugurar no segundo semestre de 2025, a linha Circular vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede e duas novas estações (Estrela e Santos), unindo as linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa.
Além da construção de duas novas estações será remodelada a estação existente no Cais do Sodré.
O investimento previsto na construção desta linha é de 331 milhões de euros.
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