Marcelo Rebelo de Sousa fez um balanço desta visita de Estado, que durou menos de 48 horas, no Museu Frida Kahlo, onde nasceu, morreu e viveu a pintora mexicana, antes de seguir para o Aeroporto Internacional da Cidade do México. "Correu muito, muito, muito bem", declarou aos jornalistas.
Reiterando a mensagem que deixou hoje num fórum empresarial, o chefe de Estado sustentou que "o crescimento em Portugal tem todas as condições para ser também francamente bom nos próximos anos" e deu como certo que "não haverá nenhuma instabilidade política que crie obstáculos a esse crescimento".
"Era isso que os empresários queriam ouvir do Presidente da República", considerou.
Quanto às relações bilaterais, Marcelo Rebelo de Sousa disse que nestes dois dias foi possível o "desbloqueamento de questões relacionadas com mexicanos em Portugal, portugueses no México, projetos, intervenções de um lado e de outro".
Sem nunca dar qualquer exemplo concreto, o Presidente da República voltou a antecipar, "nos próximos tempos, a inauguração de muitos novos projetos" e "a conclusão de outros para o ano que vem e para 2019".
Questionado se ficaram saradas "as feridas" deixadas pela reversão da concessão de transportes públicos de Portugal a mexicanos, às quais se tinha referido na antevisão desta visita, respondeu que foram encontradas "vias de saída" para "todos os casos".
Contudo, também não especificou que soluções foram encontradas, nem que casos foram tratados.
"Foi possível encontrar em todos os casos, quer de empresários mexicanos em Portugal, quer de projetos que estavam dependurados por uma questão administrativa de portugueses aqui, vias de saída. Portanto, essas vias de saída agora vão ser concretizadas nos próximos dias, nas próximas semanas, e isso foi muito positivo", disse.
No final da visita ao Museu Frida Kahlo, que os jornalistas não puderam acompanhar, por restrições impostas pelo museu, Marcelo Rebelo de Sousa fez um balaço "muito positivo" da sua deslocação ao México.
"Foi uma visita muito curta, mas muito intensa. Muito bom relacionamento entre empresários. Muita empatia com o Presidente da República [dos Estados Unidos Mexicanos, Enrique Peña Nieto]", descreveu.
O Presidente da República qualificou o relacionamento bilateral com o México como " um caso único na América Latina" em termos económicos e financeiros.
No plano cultural, adiantou que durante esta visita se falou na possibilidade de se realizar "uma exposição próxima, no ano que vem, sobre Frida Kahlo em Lisboa - outra vez, já houve uma há uns anos".
Sobre questões nacionais como o caso do roubo de material militar em Tancos e os incêndios, escusou-se a falar, remetendo declarações para quando estiver em Portugal.
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