O secretário da Administração mexicano, Miguel Osorio Chong, disse que as operações de busca “não vão parar até se conseguir a localização e o resgate” dos desaparecidos, que “muito possivelmente estão entre os escombros” dos muitos edifícios que colapsaram devido ao sismo.
O governante mexicano admitiu que a chuva que caiu nas últimas horas tem estado a perturbar as operações de busca.
Miguel Osorio Chong disse que, passada a fase de emergência, as autoridades vão fazer uma verificação “casa a casa” dos danos provocados pelo sismo.
Após essa fase, serão retirados os escombros, uma operação que Osorio Chong admitiu que se prolongará por várias semanas, porque são “milhares de toneladas”, e arrancará de imediato a reconstrução dos edifícios afetados.
”Neste momento, o mais importante é pôr a salvo toda a população”, frisou Osorio Chong, citado pela agência espanhola Efe.
A Marinha mexicana desmentiu, entretanto, a presença de uma menina com vida sob os escombros de uma escola na Cidade do México, depois de as operações para a resgatar terem emocionado o país e o mundo.
Um porta-voz da Marinha, que coordenou as operações na escola, disse que há indícios de que uma pessoa poderá estar viva entre os escombros, mas que será uma funcionária e não uma aluna.
A mesma fonte disse que 11 alunos foram retirados com vida da escola, onde morreram 19 crianças e seis adultos.
A estação de televisão mexicana Televisa, que transmitiu em direto as operações de socorro na escola, exigiu hoje explicações da Marinha, referindo que todas as informações sobre a presença de uma criança tinham sido dadas pelas autoridades.
O epicentro do sismo, de magnitude 7,1 na escala de Richter, que ocorreu na terça-feira às 13:14 (19:14 em Lisboa), foi registado na fronteira do Estado de Puebla e Morelos (centro), a 51 quilómetros de profundidade, segundo o centro geológico norte-americano (USGS).
O terramoto ocorreu depois de, no passado dia 07, um sismo de magnitude 8,2 - o mais forte desde 1932 -, ter causado 98 mortos no sul do país.
O abalo de terça-feira, que causou o pânico na população, coincidiu com o 32.º aniversário do forte sismo que provocou milhares de mortos em 1985 e foi registado apenas duas horas depois de um simulacro de terramoto em todo o país.
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