O avião presidencial brasileiro aterrou pouco antes das 13:00 (06:00 em Lisboa) no aeroporto de Xiamen, onde Michel Temer foi recebido com ramos de flores e honras militares antes de se dirigir à sede da cimeira do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Michel Temer vai reunir-se com os Presidentes da China, Xi Jinping, da Rússia, Vladimir Putin, e da África do Sul, Jacob Zuma, e com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para debater novas formas de cooperação no seio do bloco criado há uma década.
Antes de chegar a Xiamen, Michel Temer realizou uma visita de Estado de dois dias a Pequim, onde esteve reunido com o seu homólogo chinês e testemunhou a assinatura de uma série de acordos, com destaque para uma futura linha de crédito de 3.000 milhões de dólares (2.524 milhões de euros), entre o Banco de Desenvolvimento da China e o seu congénere brasileiro, o BNDES.
Os acordos firmados preveem ainda a construção de infraestruturas no Brasil por empresas chinesas, como a construção da linha ferroviária Bamin-Fiol-Porto do Sul ou a rede de transmissão de energia em alta tensão entre Xingu, no estado de Mato Grosso, e o Rio de Janeiro, pela State Grid, a acionista chinesa da REN.
Destaque ainda para a construção de um terminal no Porto de São Luís, pela China Communication and Construction, no valor de 589 milhões de euros, e a participação chinesa na planta nuclear Angra III.
Os acordos de cooperação abrangem também coprodução cinematográfica, futebol, proteção de investimento, saúde, comércio eletrónico e facilitação de vistos para negócios e turismo.
O montante global dos acordos não foi anunciado, mas fontes diplomáticas brasileiras avançaram aos jornalistas que pode ascender a 10.000 milhões de dólares (8.421 milhões de euros).
O principal objetivo da visita de Michel Temer à China, a segunda que realiza desde que assumiu a presidência do Brasil, passa por captar investidores chineses para o mais ambicioso projeto de privatizações do país em duas décadas.
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