No debate quinzenal de hoje, no parlamento, a coordenadora do BE, Catarina Martins, abriu a sua intervenção considerando que "a separação de famílias nos EUA e o enjaulamento de crianças não podem deixar ninguém indiferente", avisando que "todo o silêncio será cúmplice".
"Eu permitia sugerir-lhe, porque Portugal não é cúmplice do atropelo dos direitos humanos, que mandasse chamar o embaixador norte-americano para lhe dar conta do repúdio de Portugal por estas ações bárbaras da administração e também da decisão de abandonar o Conselho do Direitos Humanos da ONU", propôs Catarina Martins a António Costa.
Na resposta, o primeiro-ministro criticou a política de imigração seguida atualmente nos Estados Unidos: "a separação de menores choca qualquer um e é absolutamente inadmissível e nada o pode justificar".
Na opinião de António Costa, "é inaceitável" que situações como estas possam acontecer, "seja na fronteira dos Estados Unidos da América seja em qualquer outra fronteira".
De acordo com dados oficiais, cerca de dois mil menores imigrantes foram separados das famílias na fronteira com o México nas últimas seis semanas, devido à política de "tolerância zero" do Presidente dos EUA, Donald Trump, contra a imigração ilegal que implica tratar como criminosos os que entram no país sem documentos.
A indignação nos Estados Unidos é cada vez maior depois de terem sido divulgadas imagens dos menores imigrantes colocados em armazéns e, nalguns casos, repartidos por celas.
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