O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, disse que o seu país e os dois países bálticos estão a discutir pedir as reuniões ao abrigo do tratado da NATO, que permite a qualquer aliado pedir consultas se sentir que a sua integridade territorial, independência política ou segurança estão ameaçada.
No entanto, é um passo que só foi dado poucas vezes na história da aliança ocidental, de acordo com a Associated Press (AP).
O regime autoritário bielorrusso tem vindo a orquestrar, há meses, um fluxo de migrantes para a sua fronteira com os três países da União Europeia (UE), que formam o flanco este da UE e da NATO, e os três países têm vindo a reforçar as suas fronteiras.
Numa entrevista com a agência estatal polaca PAP, Morawiecki disse que a fronteira da Polónia com a Bielorrússia “será uma barreira final e efetiva” a ações do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
“Não há dúvida de que as coisas já foram longe demais”, disse o primeiro-ministro polaco, do partido conservador de direita Lei e Justiça (PiS).
Muitos migrantes estão agora em campos improvisados, ao frio, numa altura em que a Polónia já reforçou a sua fronteira com 15 mil soldados, que se juntaram a guardas fronteiriços e à polícia.
A maioria dos migrantes estão a fugir de conflitos, pobreza ou falta de perspetivas na Síria ou Iraque, e tentam chegar à Alemanha ou a outros destinos da Europa ocidental.
A situação tornou-se mais dramática na semana passada, quando um grande grupo de migrantes chegou à localidade polaca de Kuznica, aos quais se juntaram mais hoje.
O Ministério do Interior polaco emitiu um vídeo avisando que se não “seguirem as ordens, a força pode ser usada” contra os migrantes.
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