“Fora as forças de ocupação” e “Somos pessoas de paz”, são algumas das palavras de ordem que as cerca de seis mil pessoas concentradas, segundo a Guarda Urbana, estão a gritar em frente a um forte dispositivo policial.
A concentração foi convocada esta tarde pela esquerda radical independentista dos CDR (Comités de Defesa da República) e outras associações separatistas, para denunciar a “repressão” do Estado espanhol.
“Estão a provocar-nos com esta presença policial por todo o lado que nos impede de circular na nossa cidade”, disse à agência Lusa uma manifestante zangada a apontar para uma barragem de furgonetas da Polícia Nacional.
Muito nervosismo também com a presença de helicópteros da polícia que circulam no ar.
Depois de cinco dias de violência, a manifestação de hoje está a ser pacífica, apesar de ninguém garantir que a noite vai acabar sem incidentes.
A aparente tranquilidade contrasta com a violência dos últimos dias em que também foram convocadas manifestações “pacíficas” no final da tarde que, depois de serem desconvocadas, foram seguidas por confrontos violentos entre grupos de jovens encapuzados e a polícia.
Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência, em outubro de 2017.
Os juízes decidiram condenar nove deles a penas até 13 anos de prisão, por delitos de sedição e peculato.
Depois do anúncio da sentença, os independentistas fizeram cortes de estradas e de vias de caminho-de-ferro um pouco por toda a Catalunha.
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