Os manifestantes desfilam até à praça do Parlamento com bandeiras da UE e cartazes onde se pode ler “Ainda não saímos” ou “Queremos ter a palavra sobre o ‘brexit'”.
O objetivo é pedir ao governo e a todos os partidos políticos que permitam que os britânicos votem sobre se aceitam ou não o acordo sobre o ‘brexit’ que a primeira-ministra Theresa May fizer com o bloco comunitário.
O Reino Unido está na fase final das negociações com Bruxelas sobre a saída britânica.
A manifestação foi organizada pelo movimento The People’s Vote (O voto do povo) e conta com o apoio de figuras destacadas, entre as quais o líder do Partido Liberal Democrata (a terceira formação do país), Vince Cable.
Aquele movimento argumenta que a opinião pública está a voltar-se contra o ‘brexit’ à medida que os seus custos económicos se tornam mais claros.
Segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), o ‘brexit’ tem já um claro efeito na economia britânica, as famílias estão mais pobres, as empresas mais cautelosas e o mercado imobiliário arrefeceu.
No referendo há dois anos o ‘brexit’ foi aprovado por 53,4% dos britânicos contra 46,6%.
O Reino Unido deverá abandonar a União a 29 de março de 2019, mas Londres e Bruxelas ainda não chegaram a acordo sobre a sua futura relação comercial ou sobre a fronteira entre as duas Irlandas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson, insistiu hoje numa saída “completa” da União Europeia (UE), num artigo publicado no jornal “The Sun”.
Johnson sinalizou que a população não irá tolerar uma retirada “suave” do bloco europeu — defendida por algumas camadas políticas – pois tal passaria uma imagem indefinida.
O chefe da diplomacia, que votou a favor do ‘brexit’ no referendo de há dois anos, disse que os britânicos querem que o Governo “cumpra o mandato público” com uma saída total da UE.
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